Proposta de Redação para o ENEM: “consumo de drogas ilícitas e direitos humanos no Brasil contemporâneo”

Redação ENEM: Combate às Drogas

Tema: “consumo de drogas ilícitas e direitos humanos no Brasil contemporâneo”

Redação –  Proposta – Drogas

Leia com atenção os textos abaixo:

Texto 01.

“Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a ideia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório).”

Fonte: http://www.antidrogas.com.br/oquedrogas.php

Texto 02.

“O uso de drogas é um fenômeno bastante antigo na história da humanidade e constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade.

A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que ‘naturalmente’ afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. O encontro do adolescente com a droga é um fenômeno muito mais freqüente do que se pensa e, por sua complexidade, difícil de ser abordado.”

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600009

Texto 03.

Redação ENEM: Dados sobre Drogas

Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/06/26/onu-apesar-de-estavel-consumo-de-drogas-atinge-243-milhoes-no-mundo.htm

Texto 04.

Redação ENEM: Proibição às Drogas

Fonte: https://twitter.com/malvados

Texto 05.

Redação ENEM: Combate às Drogas

Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/images/arquivos_blog_saude/26_06__dia_internacional_do_combate_%C3%A0s_drogas.jpg

Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)

Escreva uma carta argumentativa para o ministro da Justiça em que você defenda novas e não violentas formas de combate ao consumo de drogas ilícitas no Brasil.

Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)

Redija um artigo de opinião acerca da relação entre drogas e escapismo.

Relato (UFU, Unicamp, UEL, etc.)

Redija um relato em primeira pessoa em que você relate o percurso de vida entre as duas fotos abaixo. São imagens de uma mesma pessoa usuária de drogas num intervalo de aproximadamente 10 anos entre dois momentos em que ela foi presa.

Redação ENEM: Drogas na Sociedade

Dissertação (Enem)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “consumo de drogas ilícitas e direitos humanos no Brasil contemporâneo”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.

4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.

6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Texto para análise

Tema: A questão das drogas como desafio mundial

Século XIX: China, Guerra do Ópio. Século XXI: Colômbia, Forças Revolucionárias da Colômbia. O mal causado pelas drogas não se restringe a um país ou a uma época. É um problema que vem assolando gerações inteiras por um longo período de tempo. Além da violência já mencionada, afeta a saúde do indivíduo e o equilíbrio da sociedade. Nesse sentido, faz-se necessária uma análise desse hábito nocivo, porém já enraizado, e procurar soluções para combatê-lo.

Em primeiro lugar, devemos destacar o porquê de esse costume se sustentar após séculos na sociedade. Há quem faça uso de tóxicos – como é o caso do próprio álcool – apenas de forma recreativa, contudo, de acordo com estimativas da ONU, 27 milhões de pessoas são viciadas em entorpecentes e similares. Nesse contexto, surge um hábito ruim, que, segundo Charles Dunnig, em “O poder do hábito”, está ligado à ideia de que um estímulo gera a expectativa de resposta no cérebro do indivíduo. A droga é o estímulo, e a respostas, muitas vezes, são a fuga de uma realidade da qual se quer escapar.

Além disso, é preciso dimensionar o problema a ser enfrentado. O tráfico de drogas, hoje, é um negócio altamente lucrativo, atuando de maneira habitual em todos os cinco continentes, sendo, em muitos lugares, fácil ter acesso a elas. Partindo, ainda, do pressuposto de que as drogas são substâncias que em contato com o organismo do indivíduo alteram seu funcionamento normal, conclui-se que dosagens constantes e elevadas dessas substâncias geram graves problemas de saúde. Por não se limitar a um país e ter proporções alarmantes, podemos dizer, então, que é uma questão de saúde pública mundial.

Nesse sentido, ainda, deve-se apontar o problema social relacionado ao uso de drogas. No Brasil, por exemplo, onde as “crackolândias” se tornaram parte integrante da paisagem de várias cidades, vê-se cada vez mais uma segregação no espaço urbano. Isso porque, em regra, zonas mais carentes são apontadas como centro de consumo dessas substâncias, quando, na verdade, tal prática está presente em todos os estratos da sociedade. A própria maconha, considerada “relaxante”, é prova disso, presente nos mais variados ambientes, desde o ator de novela ao porteiro do prédio. Nesse sentido, é uma mazela quase que democrática.

Dessa forma, portanto, fica claro que o problema em voga é bem mais amplo e complexo do que aparenta. É preciso, nesse contexto, um esforço conjunto para dirimir o problema. Cabe aos governos, com o apoio da Organização Mundial da Saúde e da ONU, criarem programas de reabilitação mais completos, fazendo parcerias com ONGs e com Universidades, por meio de seus especialistas e pesquisadores. Além disso, a escola e a família também têm papel fundamental no que diz respeito à prevenção. Por fim, a mídia, como grande formadora de opinião, pode reforçar a mensagem do quão nocivo é o consumo de tais substâncias. Solucionar a questão das drogas é um processo longo, mas é preciso que se dê o primeiro grande passo.

No século XX, o consumo de álcool foi proibido nos EUA, o que fez aumentar o índice de violência no país, gerando, inclusive, gângsters mundialmente famosos, como o Alcapone. Hoje, após essa frustrante eperiência, as bebidas são liberadas e alguns estados já permitem, até, a comercialização da maconha, psicoativo que possui o THC como princípio ativo, que é, além de utilizado de modo recreativo, empregado em diversos tratamentos.

Usuários de droga, usulamente, as utilizam como uma fuga da sociedade, da qual se sentem marginalizados. Ao serem tratados como criminosos, tal percepção é reforçada e o comportamento dependente pode exarcebar, o que reforça o poder do traficante sobre o viciado e diminui as chances deste abandonar o lamentável hábito. Dessa forma, apenas prender consumidores de substâncias ilegais não tem surtido um bom efeito na sociedade.

Alguns estimulantes como a cafeína e outros lícitos são comumente utilizados em comunidade por apresentarem baixíssimo poder de dependência. Este, de acordo com estudos de Harvard, é, também, o caso da estimada erva que, quando vedada, serve de financiamento a traficantes para a distribuição de narcóticos realmente nocivos aos consumidores. 

É, por conseguinte, importante que o Legislativo remova a restrição quando a venda e consumo da canabis para enfraquecer o comércio ilegal que impulsiona outros entorpecentes realmente danosos. Ademais, adictos já descontrolados, ao invés de serem apenas reclusos de convivência comunitária, deveriam, também, receber tratamento em um centro que permita certo contato com a família, propiciando-o sanar problemas psicológicos com a ajuda de profissinais. Assim, preserva-se a saúde dos cidadãos e os direitos humanos.

2 problemáticas de se proibir:

  • a maconha, devido à sua grande popularidade, é a principal financiadora de drogas mais pesadas
  • usuários de droga as utilizam, muitas vezes, porque se sentem marginalizados e, ao serem tratados como criminosos, tal percepção é reforçada

Correção

No século XX, o consumo de álcool foi proibido nos EUA, o que fez aumentar o índice de violência no país, gerando, inclusive, gângsters mundialmente famosos, como o Alcapone. Hoje, mesmo após essa frustrante experiência, o Brasil ainda proíbe, infelizmente, uma droga também de demanda incessante: a maconha; o que fere os direitos humanos, pois ela, além de ser utilizada de modo recreativo, é empregada em diversos tratamentos. Assim, cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

Segundo psicólogos, usulamente, indivíduos utilizam narcóticos como uma fuga à realidade, da qual se sentem marginalizados. Ao serem tratados como criminosos pela polícia federal, a preconceituosa percepção é ratificada e o comportamento dependente pode ser exacerbado, o que reforça o poder do traficante sobre o viciado e diminui as chances deste abandonar o lamentável hábito. Dessa forma, apenas prender consumidores de substâncias ilegais não tem surtido um bom efeito na sociedade, conforme atestam gráficos providos pelo Ministério da Justiça.

Ademais, alguns estimulantes como a cafeína e outros lícitos são comumente utilizados em comunidade por apresentarem baixíssimo poder de dependência. Este, de acordo com estudos de Harvard, é, também, o caso da estimada e repudiada erva que, quando vedada, serve de financiamento a traficantes para a distribuição de entorpecentes realmente nocivos aos consumidores e prejudica a prerrogativa de um enfermo poder se tratar com as alternativas medicinais existentes, o que é inadmissível. 

É, por conseguinte, importante que o Legislativo remova, por meio de votação com ampla maioria na câmara, a restrição quanto a venda e consumo da canabis para enfraquecer o comércio ilegal que impulsiona outras drogas realmente danosos e propicie legalidade ao tratamento com THC para garantir alternativas de tratamentos aos doentes. Ademais, adictos já descontrolados, ao invés de serem apenas reclusos de convivência comunitária, pelos juizes, deveriam, também, receber tratamento em um centro psiquiátrico, mediante patrocínio estadual, que permita certo contato com a família, propiciando-lhe sanar problemas psicológicos com a ajuda de profissinais. Assim, preserva-se a saúde dos cidadãos e os direitos humanos.

Droga é qualquer subtância, natural ou sintética, que modifica o funcionamento regular de quem as consome. Existem as que são lícitas ou ilícitas, por serem consideradas nocivas a saúde do indivíduo, à boa convivência em sociedade ou por demandarem conhecimento técnico para a utilização em necessidades específicas e na dosagem correta. Como efeito colateral à proibição de alguns narcóticos, há a proliferação da violência.

A maconha, devido à sua grande popularidade, tem servido de principal financiadora aos traficantes para a compra de entorpecentes mais pesados. Dessa forma, a restrição à erva tem sido muito questionada pelos defensores dos direitos humanos, que apontam o encarceiramento de jovens consumidores e vendedores que não existiriam caso o consumo, desse entorpecente que, inclusive de acordo com estudos de Harvard não causa grande dependência, não fosse restringido.

Quando há a criminalização de tóxicos específicos, os utilizadores são reclusos, sem, contudo, receberem o tratamento adequado para se verem livres do vício, o que reforça o principal motivo, de acordo com psicólogos, pelo qual houve a necesside de fuga da realidade: o sentimento de viver à margem da sociedade. Essa reclusão, então, aumenta a vulnerabilidade do indivíduo e não soluciona os problemas advindos de tal comportamento.

É, por conseguinte, importante que o Legislativo remova a restrição quanto ao consumo de de canabis, enfraquecendo o tráfico ilegal e estabeleça as bases de tratamento aos viciados, que, além de detidos, advem, também, passar por desintoxicação poutada na ajuda de profissionais. Dessa maneira, combate-se o problema sem ferir os direitos humanos.

2 problemáticas de se proibir:

  • a maconha, devido à sua grande popularidade, é a principal financiadora de drogas mais pesadas
  • usuários de droga as utilizam, muitas vezes, porque se sentem marginalizados e, ao serem tratados como criminosos, tal percepção é reforçada

Droga é qualquer substância, lícita ou ilícita, que altera o comportamento natural do organismo. Dentre as justificativas para se proibir o consumo de certos entorpecentes, cita-se o dano causado ao individuo e à sociedade devido ao comportamento deste quando sob efeito do entorpecente. Contudo, é perceptível que quando há restrição a drogas populares, esta não é efetiva e impulsiona a violência protagonizada por traficantes, o que cabe análise das trativas e possível solução da problemática.

No século XX, o consumo de álcool nos Estados Unidos foi banido, resultando em mortes entre policiais e vendedores, que contavam, muitas vezes, com o apoio da população indignada pelo controle autoritário. Hoje, essa poderosa nação, onde as bebidas já são novamente consumidas há um tempo, liberou em alguns estados, em contraste com o Brasil atual, a utilização da maconha, que já traz benefícios aos cidadãos reduzindo o índice de criminalidade.

Ademais, usuários de narcóticos os utilizam, segundo psicólogos, muitas vezes, porque se sentem marginalizados. Dessa forma, ao serem tratados como criminosos por força normativa, essa percepção é reforçada e a vulnerabilidade a qual se encontram os coloca, ainda mais, a favor do vício. Em vista disso, quando consumidores são apenas reclusos da sociedade, o problema não é sanado, pois ao saírem da prisão continuarão o questionável comportamento, conforme atestam dados da Polícia Federal.

É, por conseguinte, importante que o Legislativo, por meio de lei aprovada com ampla maioria da câmara, remova a restrição à comercialização de canabis como forma de enfraquecer o financiamento ao tráfico e possibilite, além do isolamento, um tratamento mais humanitário ao adicto, para que este possa contar com a ajuda profissionais relacionados à questão. Assim, preserva-se a paz e garante-se o respeito aos direitos humanos.

2 problemáticas de se proibir:

  • a maconha, devido à sua grande popularidade, é a principal financiadora de drogas mais pesadas
  • usuários de droga as utilizam, muitas vezes, porque se sentem marginalizados e, ao serem tratados como criminosos, tal percepção é reforçada