Proposta de Redação para o ENEM: “As manifestações de violência dentro dos estádios brasileiros de futebol”

Redação ENEM: Violência nos Estádios de Futebol

Tema: As manifestações de violência dentro dos estádios brasileiros de futebol

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema As manifestações de violência dentro dos estádios brasileiros de futebol, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Redação ENEM: Violência nos Estádios de Futebol

Texto 2

O lateral baiano Daniel Alves, do Barcelona, participou de duas jogadas que garantiram a vitória do time contra o Villarreal neste domingo, pelo Campeonato Espanhol. Porém, o bom desempenho foi acompanhado de ofensas por parte da torcida adversária, que jogou bananas em direção ao jogador. Alves, em vez de mostrar descontentamento, respondeu ao insulto de maneira inusitada: ao se preparar para cobrar um escanteio, o jogador se abaixou, pegou uma das bananas e comeu. Em seguida, fez a cobrança e continuou jogando como se nada tivesse acontecido. Neste domingo, o Barcelona ganhou de 3 a 2 sobre o Villarreal.
 Após o jogo, Daniel Alves comentou a recorrente provocação racista: “Estou na Espanha há 11 anos e há 11 anos é dessa maneira. Temos de rir dessa gente atrasada”. No fim de março, torcedores do clube catalão Espanyol emitiram sons imitando macacos e jogaram uma casca de banana no campo, como forma de desestabilizar os jogadores brasileiros Neymar e Daniel Alves. A investida desleal também não surtiu efeito: a partida foi vencida pelo Barça no estádio do time adversário.”

Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/alvo-de-racismo-na-espanha-daniel-alves-come-banana-jogada-por- torcedor/

Texto 3

A exemplo do tráfico de drogas e dos assassinatos, a rivalidade entre torcidas organizadas tem provocado um resultado nefasto em todo o Brasil. A intolerância entre os membros dessas facções, aliada a outros delitos como tráfico de drogas e roubos, têm resultado em uma onda de violência nos últimos anos que parece não ter fim. Levantamento feito pelo Diário do Nordeste, na semana passada, mostra que, em cinco anos, cerca de 20 pessoas, a maioria jovens e adolescentes, foram mortos em Fortaleza em decorrência deste motivo.

“Na verdade, não são torcedores, são marginais infiltrados dentro dessas torcidas organizadas, onde, já ficou constatado, há muitas pessoas envolvidas em tráfico de drogas, assaltos, roubo de carros e outros delitos”, explica o delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Segundo ele, o caso ocorrido no domingo, dia 14, ainda está sob investigação, e, pelo menos, duas pessoas apontadas como suspeitas do caso já foram detidas, uma delas, minutos depois do crime que teve como vítimas Glauber de Sousa Damasceno, 30; e Felipe Mesquita de Matos. “Eles (as vítimas) foram mortos com tiros na cabeça, é possível que os motivos desses crimes sejam outros já que há características de uma execução sumária, pois foram tiros na cabeça”.

Conforme o levantamento feito pela Reportagem, os assassinatos entre torcedores rivais vêm se arrastando ao longo dos anos. Em 13 de agosto de 2008, o adolescente Jéfferson Cabral da Silva, 17 anos, foi morto dentro de um ônibus que, transportava de volta para o Rio Grande do Norte torcedores do América de Natal, cujo time tinha havia jogado, em Fortaleza, contra o Ceará Sporting. O crime ocorreu quando o coletivo, que trafegava pela CE-040, em Aquiraz, foi interceptado por um carro onde estavam os atiradores. Somente em 2008, foram seis pessoas mortas na Grande Fortaleza em decorrência da rivalidade de torcidas. Em 2012, mais 12 mortos, conforme registros da Polícia e da Imprensa.

Disponível em: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/policia/intolerancia-e-rivalidade-entre-as-torcidas-deixam-rastro-de-violencia-1.276403

Fonte: https://descomplica.com.br/blog/redacao/tema-de-redacao/tema-de-redacao-estadios-de-futebol/

Texto para análise

Desde a Idade Média, os atos de violência eram vinculados às manifestações de imposição e poder. Diante deste cenário, os jogos entre os gladiadores que lutavam no Coliseu, em Roma, sucediam ao público a afeição à brutalidade e a justificativa baseada nos valores culturais. No entanto, após séculos de avanço e proteção aos direitos humanos, alguns indivíduos ainda refletem esses traços na competição esportiva, como fazem muitos torcedores brasileiros nos estádios de futebol.

Em primeiro lugar, a mídia impulsiona a valorização do sentimentalismo aos times e, pode até mesmo ajudar a converter a paixão pelo futebol em um verdadeiro estilo de vida. Neste sentido, os torcedores adotam erroneamente a metáfora conceitual “Futebol é guerra” e encaram as partidas como um combate. Assim, cria-se um nacionalismo imperativo, ou seja, vê-se o time e a torcida adversária como inimigos em potenciais, vide as torcidas organizadas. Essas usam a agressão para representar um tipo de defesa e supremacia de um time sobre o outro.

Ademais, a impunidade dessas ações hostis favorece o contínuo desrespeito àqueles que vão apenas para apreciar as partidas e, até mesmo, inverte a visão do esporte como método de inclusão social, defendida pelos próprios clubes. Exemplo disso é que o Brasil lidera o ranking entre os países que contém mais mortes em estádios de futebol, o que comprova que a segurança nesses lugares é ineficaz, visto que, muitas vezes, os agressores não são identificados ou recebem leves advertências, enquanto que para as vítimas que sofrem de violência física ou moral, os danos podem ser irreversíveis.

É imprescindível, portanto, a mudança na conduta daqueles que usam a ferocidade para se imporem diante de outros times. Para isso, o Brasil poderia se basear em países com referência em segurança nos estádios, como a Inglaterra; que sofreu ataques segregacionistas e repressivos de grupos chamados “Hooligans” e, para combatê-los, fez o cadastramento de torcedores, o uso de reforço policial e expulsão temporária aos que desviarem da pacificidade entre os jogos. A mídia e os clubes podem promover campanhas de conscientização ao público, a fim de que o reflexo arcaico da Idade Média se converta em um coletivismo ético e que auxilie a integração social do esporte.

Há alguns anos, confrontos entre torcidas opostas era uma constante na Inglaterra. No Brasil atual, infelizmente, essas ainda são uma realidade. As brigas e provocações começam ainda fora do estágio e, de modo absurdo, permanecem após a partida. Segundo a polícia militar, as agressões, físicas e verbais, são graves e, não raro, acabam em óbito.

Na Roma Antiga, era comum ocorrerem duelos de morte assistidos por milhares de pessoas no Coliseu que, ensandescidas de sangue, urravam de prazer pela violência. Contudo, devido ao avanço dos direitos humanos, apesar de tal contexto não mais existir, parecem haver resquícios dessa época ainda hoje em dia, o que é lamentável e precisa ser sanado de modo contundente.

O futebol é uma paixão nacional; recém nascidos já cotumam receber a camisa do time de coração e, mesmo crianças, são levadas para assistir aquela partida emocionante que ficará marcada para sempre na memória dos infantos. Todavia, tristemente, esse ritual começa a se desvanecer em função da violência nos estádios, onde os insultos têm se sobressaído aos dribles dos craques.

É, por conseguinte, aconselhável que jogadores famosos gravem vídeos repudiando selvagerias de torcedores sempre que ocorrerem no campeonato, como forma de incentivar a pacificidade fora de campo. Ademais, juízes deveriam punir agressores de forma exemplar, de maneira a coibir que hostilidades se repitam. Assim, as recorrentes e emocionantes jogadas poderão ser presenciada, com segurança e tranquiliadde, pelas famílias apreciadoras.

Há até pouco tempo, os Hooligans, torcida organizada na Inglaterra, infrligia vergonha à nação, que assistia bestializada à violência que esses impunham a quem se arriscasse a ir aos estádios. No Brasil atual, infelizmente, essa ainda é uma realidade. Agressões, verbais e físicas, se iniciam fora da arena e permanecem mesmo após a partida. Segundo a polícia militar, a troca de hostilidade é grave e, muitas vezes, acaba em óbito. Assim, cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

É significativo ressaltar a Roma Antiga, em que era comum ocorrerem batalhas de morte no Coliseu, onde gladiadores, incentivados por uma platéia ensandecida por sangue, disponibilizavam um “show” de barbárie. Apesar desse contexto não mais existir devido ao avanço dos direitos humanos, parece haver resquício dessa selvageria que remetem a épocas como aquela, o que é assustador e deve ser sanado de modo contundente.

Dessa forma, é uma pena que o futebol, paixão de um país no qual recém nascidos ganham a camisa do time ainda na barrigada mãe, por insegurança, não possam mais ser levados, quando crianças, aos jogos, onde os dribles dos craques ficariam marcados para sempre na memória dos infantos. Desse modo, é lamentável constatar que a tradicional emoção se encontra amedontrada de se expressar em locais que, infezliemnte, viraram palco de pancadaria.

É, por conseguinte, aconselhável que jogadores famosos gravem vídeos para a web, por meio de smartphones com publicação nas redes sociais, refutando a agressividade entre torcedores, de modo a coibir que essa resulte em tragédias. Ademais, juízes deveriam punir, de modo exemplar mediantes as leis vigentes, transgressores, isolando-os da sociedade de acordo com a gravidade do crime cometido para que indivíduos pacíficos não sejam coibidos de frequentar os campos. Assim, as emocionantes jogadas poderão ser novamente assistidas, com tranquilidade, pelas famílias apreciadoras.

Até pouco tempo, na Inglaterra, os Hooligans, torcida organizada presente no país, impunha medo a quem quisesse ir aos estádios. Por meio de agressões, verbais e físicas, esses selvagens aterrorizaram, por muito tempo, as partidas de futebol. Essa realidade, infelizmente, ainda é recorrente no Brasil, e, segundo a polícia militar, muitas vezes, acaba em óbito. Assim, cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

Como causa dos torpes atos, pode-se citar a Roma Antiga, época em que, incentivados por uma torcida ensandecida de sangue, gladiadores se enfrentavam em batalhas de morte, nas quais o poder e habilidade eram expressados em um “show” de horrores. Apesar desse contexto não mais existir devido ao avanço dos direitos humanos, ainda parecem haver resquícios dessa barbárie na sociedade, o que é assustador e deve ser combatido com veemência.

Ademais, assistir ao drible dos craques é uma paixão nacional; recém nascidos são presenteados com a camisa do time do coração e, mesmo quando crianças, levados à famosa arena, onde emoções lhes marcarão para a toda a vida. É, então, triste constatar que esse ritual tem se desvanecido pelo medo de se expressar em campo, onde antes ecoavam gritos de apoio aos vistos como heróis.

É, por conseguinte, aconselhável que jogadores famosos gravem vídeos e os publiquem na web por meio do Youtube, refutando torcedores agressivos, como forma de previnir possíveis tragédias. Ademais, juízes deveriam punir de forma exemplar os transgressores, mediante as leis vigentes, coibindo, também, a perpetuidade dos atos de crueldade. Assim, as emocionantes jogadas poderão ser novamente presenciadas, com paz e tranquilidade, pelas famílias apreciadoras.