Proposta de Redação para o ENEM: “Geração smartphone: os efeitos dessa tecnologia no cotidiano do jovem brasileiro”

Redação ENEM: O Celular e o Jovem

Geração smartphone: os efeitos dessa tecnologia no cotidiano do jovem brasileiro

Confira, abaixo, a proposta de redação.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Geração smartphone: os efeitos dessa tecnologia no cotidiano do jovem brasileiro, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Na esteira da tendência da popularização dos smartphones e tablets, as crianças e os adolescentes internautas brasileiros estão acessando mais à rede por meio desses dispositivos móveis. É o que indica a pesquisa TIC Kids 2013, divulgada nesta quarta-feira pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), do Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br), e que mede o uso e os hábitos digitais de jovens entre 9 e 17 anos em relaçãoàs tecnologias de informação e de comunicação.

De acordo com o levantamento, o acesso à Internet por smartphones pelos jovens mais que dobrou entre 2012 e 2013, saltando de 21% para 53%. A utilização de tablets para o mesmo fim também registrou um expressivo crescimento, passando de apenas 2% para 16%. Apesar das mudanças, os computadores de mesa continuam a ser as principais plataformas de conexão à rede, com 71% dos internautas jovens fazendo uso delas.

Disponível em http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/acesso-internet-por-celulares-mais-que-dobra-entre-os- jovens-brasileiros-em-2013-13508621#ixzz3OslGoipU.

Redação ENEM: O Celular e o Jovem

Texto 3

Tão recente quanto seu próprio aparecimento é a discussão, nas escolas, sobre como lidar com o uso cada vez mais intenso de smartphones em sala. Sem orientações formais por parte de órgãospúblicos, o tema tem como pioneira no debate a Unesco que, em 2013, lançou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. No documento, a instituição estimula o acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar”, “minimizar a interrupção em aulas de conflito e desastre” e “criar uma ponte entre a educação formal e a não formal”.

— Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo burlada. Será que em vez de proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa? — questiona Maria Rebeca Otero Gomes, coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil. — Já existem diversos aplicativos voltados para a educação especial, a alfabetização e o ensino da matemática, por exemplo.

No Centro Educacional de Niterói, ainda não há consenso sobre quais regras devem ser seguidas. O professor Nelson Silva, de história, busca usar os smartphones como ferramenta de pesquisa em suas aulas.

— Normalmente, os alunos ficam mais estimulados em fazer pesquisas através do celular. Claro que, no meio, eles mandam uma ou outra mensagem, é inevitável. Mas já tentamos fugir da TV, do vídeo. Não dá para fugir do celular. O grande nó é saber como usá-lo em favor do aprendizado — afirma.

Para Priscila Gonsales, diretora do Instituto Educadigital, os professores devem se planejar para incluir os celulares no processo de ensino.

— É preciso olhar com empatia para os alunos que estão usando seus aparelhos em classe e se perguntar: por que o celular está chamando mais a atenção deles do que a aula? — aponta Priscila, que se diz “super a favor” do uso de smartphones em sala. — O professor tem, com os celulares, um infinito de possibilidades. Ao trazê-los para a sala de aula, a escola pode instruir os alunos sobre temas importantes do comportamento cibernético, como o respeito à privacidade.

No entanto, Maria Rebeca Gomes identifica entre os docentes descrença e falta de conhecimento dos aparelhos.

— As escolas devem auxiliá-los nesse processo, com diálogo e formação — afirma.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/apesar-da-frequente-proibicao-unesco-recomenda-uso-de-celular- em-sala-de-aula-14372630#ixzz3OSqwAuu6.

Texto para anáise

“O mundo na palma da sua mão”. Talvez nenhuma outra frase seja capaz de sintetizar melhor o que, de fato, representam os smartphones. Para a atual geração de jovens – que anseia por viver intensamente cada segundo – essa ferramenta não poderia ser mais útil. Entretanto, o uso desses aparelhos por este segmento da população se tornou tão expressivo que pede uma análise mais cuidadosa sobre seus efeitos.

Primeiramente, é preciso entender o porquê de esses verdadeiros computadores portáteis atraírem tanto esse público. De acordo com dados do CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil –  o uso de smartphones por jovens entre 9 e 17 anos mais que dobrou entre 2012 e 2013. Isso se deve principalmente à possibilidade de explorar o mundo e socializar com outras pessoas em qualquer lugar e a qualquer momento, sendo este, portanto, um fator decisivo para a adesão em massa por essa parcela da população.

Ainda olhando por um viés positivo, é impossível dissociar esse recurso dos estudos do público juvenil hoje. O aumento na busca por conteúdos acadêmicos, exercícios, aplicativos e plataformas de sites voltadas para mídias portáteis são a grande prova disso. No contrafluxo de campanhas desfavoráveis à presença dos smartphones em sala de aula, a Unesco lançou em 2013 as Diretrizes de política para a aprendizagem móvel, cujo objetivo é planejar a inclusão desse recurso tão comum no dia-a-dia dos jovens no cotidiano das escolas e faculdades.

Entretanto, não podemos negar que o uso excessivo desses aparelhos pode causar danos à saúde desse segmento. Usá-los se torna um hábito e, como todo hábito, de acordo com neurologistas de Cambridge e de outras universidades de referência mundo afora, cria anseios. Essas expectativas, muitas vezes inconscientes, são responsáveis por gerar distúrbios psicológicos, como a dependência e crises de ansiedade, bem como danos físicos, tais como a tão comum entre o público em questão, tendinite.

É evidente, portanto, que não podemos ignorar os impactos de se querer ter o mundo todo nas mãos. Para potencializar os benefícios dessa inovação tecnológica, algumas atitudes precisam ser tomadas. A primeira delas é de responsabilidade da família, base da sociedade, que deve ensinar aos jovens os limites de maneira incisiva e convincente. Além disso, é papel da escola procurar destacar o uso inteligente desse recurso, com uma maior inclusão dele em seu programa. Por fim, o próprio indivíduo deve se policiar, procurar mudar seus hábitos, para que tenha uma vida ao mesmo tempo dinâmica e saudável. Assim, viveremos o melhor da tecnologia sem deixar de lado o mundo real.

É inegável a participação das novas tecnologias no cotidiano do jovem brasileiro, que as utilizam para interagir com o mundo que o cerca e adquirir novos conhecimentos, seja por meio de aplicativos interativos ou blogs relacionados. Todavia, o aparelho ainda apresenta restrição por muitos professores que defendem sua proibição em sala de aula, o que é absurdo e contraria a tendência mundial.

Nesse viés, assim como o rádio e a televisão foram passíveis de críticas ferrenhas no passado, mas acabaram por ser adotadas em amebiente escolar, que hoje são ricos em acervos educacionais audiovisuais, os smartphones parecem enfrentar o mesmo dilema histórico. Dessa forma, por que não adotá-lo de imediato e começar logo a utilizá-lo como uma ferramenta educativa?

Como contraponto a adoção imediata do smartphone pelo sistema educacional, é válido ressaltar que, obviamente, nem tudo são flores. Segundo estudos feitos em Cambridge, a utilização de aparelhos móveis pode gerar um hábito que, como todos, tem a capacidade de desencadear anseios. Estes, são passíveis de criar problemas psicológicos nos usuários. Além disso, muitos fisioterapeutas lembram que o uso exagerado do aparelho também pode causar tendinite.

É, por conseguinte, aconselhável que o Ministério da Educação instrua educadores, por meio de capacitação online com material audiovisual, sobre a melhor forma de se utilizar celulares em sala de aula. Ademais, retrições quanto ao tempo de uso devem ser observadas durante o planejamento da grade curricular e atividades pelos mestres. Assim, assegura-se um ensinamento rico e contextual à realidade dos que um almejam um aprendizado moderno.

Não se pode negar a influência dos celulares na vida dos jovens mundo afora. Em vista disso, muitos países já o adotaram como ferramenta de aprendizado em sala de aula, como na Coréia do Sul, onde a compra de tablets para institutos educacionais, foi, inclusive, financiada pelo governo. Todavia, no Brasil, o aparelho ainda enfrenta duras críticas de professores, que ainda restringem, infelizmente, sua utilização em sala de aula.

Assim como a TV e o rádio foram alvos de reprovações ferrenhas no passado, os dispositivos móveis parecem estar sendo vítimas do mesmo equívoco na modernidade. Todavia, é provável pensar que, do mesmo modo como os primeiros acabaram por se tornar mídias de grande acervo cultural, o atual vilão também será visto, em breve, como aliado do material didático, propiciando rica interatividade com o aluno.

Entretanto, nem tudo são flores. Psicólogos advertem sobre os perigos que o uso excessivo dos aparelhos celulares podem causar na psiqué dos infantos quando apresentados precocemente a conteúdos impróprios ou provocando ansiedade devido a hábitos demasiado repetitivos. Outrossim, fisioterapeutas lembram dos riscos de se desenvolver tendinite quando se interage frequentemente com os Smartphones.

É, por conseguinte, importante que o Ministério da Educação (MEC) forneça instrução adequada aos educadores sobre a melhor forma de se utilizar smartphones durante as aulas. Ademais, os mestres devem se atentar sobre qual a carga horária será inputada aos pupilos, de forma a não prejudicá-los. Assim, assegura-se um ensinamento rico e contextual à realidade dos que um bom aprendizado almejam.

É notório o desejo dos jovens pelo aparelho celular, que representa, além de independência em um mundo virtual que aparenta não ter restrições, um grande acervo cultural e interação com o mundo circundante. Todavia, se por um lado alguns pais tratam o aparelho como uma babá eletrônica, propiciando horas irresponsáveis de uso, por outro, professores incautos desejam sua total proibição em sala de aula, o que é absurdo e merece análise das tratativas e possível solução da problemática.

Assim como a televisão e o rádio sofreram duras críticas no passado pelos educandores e representaram questionável papel educacional em casa, os dispositivos móveis com acesso à web parecem estar trilhando o mesmo caminho. Dessa forma, é tangível pensar que se assentará, cada vez mais, na realidade dos jovens brasileiros, que, de acordo com dados do IBGE já o possui em maioria. Cabe, então, questionar sobre a sua maneira de utilização, mais do que a proibição.

Outrossim, psicólogos advertem sobre os riscos do uso exagerado dos smartphones, que podem causar dependência e, em vista disso, distúrbios psicológicos. Ademais, o contato com conteúdo impróprio para certas idades deve ser evitado, bem como o desfrute por longos períodos, o que, segundo fisioterapeutas, pode causar tendinite e problemas de postura crônicos.

É, por conseguinte, importante que o Ministério da Educação (MEC) disponibilize cursos de capacitação, por meio de plataformas online com conteúdo audiovisual exemplificador, a professores sobre as melhores maneiras de se ter, no celular, um aliado educacional. Além disso, mestres devem atentar-se sobre as horas incutidas aos alunos em aula, bem como os pais, que precisam impor limites mediante conversa amigável com explanações exemplificadas. Já os fabricantes, necessitam disponibilizar aplicativos que possibilitem o filtro de navegação pelos tuteladores. Desse modo, assegura-se um bom aprendizado aos que o almejam, contextual a época em que se encontram.

Redação sem revisão para comparação

É notório o desejo dos jovens pelo aparelho celular, que representa, além de independência em um mundo virtual que aparenta não ter restrições, um grande acervo cultural e interação com o mundo circundante. Todavia, se por um lado alguns pais tratam o aparelho como uma babá eletrônica, propiciando horas irresponsáveis de uso, por outro, professores incautos desejam sua total proibição em sala de aula, o que é absurdo.

Assim como a televisão e o rádio sofreram duras críticas no passado pelos educandários e representaram questionável papel educacional em casa, os dispositivos móveis com acesso à web parecem estar trilhando o mesmo caminho. Dessa forma, é tangível pensar que se assentará, cada vez mais, na realidade do jovem brasileiro, cabe-se, então, questionar sobre a sua maneira de utilização, mais do que a proibição.

Outrossim, psicólogos advertem sobre os riscos do uso exagerado dos smartphones, que podem causar dependência e, em vista disso, distúrbios psicológicos. Ademais, o contato com conteúdo impróprio para certas idades deve ser evitado, bem como o desfrute por longos períodos, o que, segundo fisioterapeutas, pode causar tendinite e problemas de postura crônicos.

É, por conseguinte, importante que o Ministério da Educação (MEC) disponibilize cursos de capacitação, por meio de plataformas online com conteúdo audiovisual exemplificador, a professores sobre os melhores meios de se ter, no celular, um aliado educacional. Ademais, mestres devem atentar-se sobre as horas incutidas aos alunos em aula, bem como os pais, que precisam impor limites. Já os fabricantes, necessitam disponibilizar aplicativos que possibilitem o filtro de navegação pelos tuteladores. Desse modo, assegura-se um bom aprendizado aos que o almejam, contextual a época em que se encontram.