Proposta de Redação para o ENEM: A Ostentação na Sociedade Atual

Proposta de Redação para o ENEM: Ostentação

Tema: A ostentação na sociedade atual

Proposta de Redação para o ENEM: Ostentação

Texto 1

O casamento de Latino com a ex-missRayanne Morais foi tão exuberante que algumas passagens merecem registro para a posteridade: 1) Ele foi filmado por um drone, espécie de mini-helicóptero com uma câmara acoplada; 2) O tecido do smoking do cantor veio do Japão (…).

 (Revista Veja, São Paulo: Ed. Abril, ed. 2365, p.72, 19 mar. 2014)

Texto 2

O casamento das duas celebridades ocorreu no início de março, no Copacabana Palace – RJ, o qual teve um andar inteiro reservado para os convidados. Dentre outras extravagâncias, a mídia divulgou que foram servidos sete mil docinhos e que o vestido da noiva foi feito todo em renda francesa. Paradoxalmente, o Copacabana Palace é o mesmo lugar em cuja frente Latino, antes da fama, vendia cachorro-quente, acompanhando a mãe, para sobreviver.

Proposta:

Tendo os dados acima como um dos exemplos possíveis, produza um texto dissertativo-argumentativo que aborde a ostentação na sociedade atual. Você poderá discutir sobre os motivos que levam as pessoas a ostentar e as consequências desse estilo de vida para quem o vive e para a sociedade em geral.

Instruções do Enem:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.

4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.

6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

É notória a valorização que alguns indivíduos possuem em relaçãos aos bens materiais e fotos, em detrimento de experiências mais profundas. Esse comportamento parece uma necessidade de se afirmar para a sociedade como vitorioso, talvez por uma falta de confiança do próprio por tal afirmação. São comuns imagens na internet de passeios fantásticos e eventos fabulosos como prova de felicidade, induzindo, infelizmente, pessoas que não possuem a mesma sorte, a se sentirem frustradas.

Como diz o famoso ditado “as aparências enganam”. Dessa forma, é válido questionar, por exemplo, quem desfruta mais de uma viagem: o sujeito que necessita passar um tempo no local, aprendendo o idioma, costumes e tendo real convivência com os anfitriões para pagar pelo deslocamento ou o que gasta por sorrisos vazios e, mesmo tendo verba, dispende apenas um final de semana no suposto paraíso?

Segundo psicólogos, uma infância desprovida de boas condições financeiras pode provocar ansiedade no futuro adulto, corroborando para o desenvolvimento de comportamentos compulsivos para satisfazer o desconfortável sentimento. Esses, acabam por reforçar o ciclo de ostentação na sociedade, que espectadora das extravagantes atitudes do novo rico, passa a desejar reproduzí-los, mas que, sem verba, acaba por se frustrar.

É, por conseguinte, importante que escolas e famílias conversem com os infantos a respeito do que valorizar em vida, como forma de garantir discernimento à nova geração sobre o que é realidade ou apenas imagens. Ademais, o Executivo deveria investir mais em infraestrutura de lazer gratuita, como em parques e quadras poliesportivas, propiciando a todos a possibilidade da prática esportiva. Assim, assegura-se uma sociedade consciente e saudável.

2 problemáticas:

  • coisas são mais valorizadas do que experiências
  • sociedades de comportamento vazio tendem a sofrer mais com depressão

Segundo Paulo Freire, reverenciado educador, “quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é tornar-se o opressor”. Talvez isso explique por que mesmo algumas pessoas de origem miserável, ao tornarem-se ricas, ostentam suntuosas festas ao invés de se dedicarem a ajudar sua comunidade de origem. Todavia, esse egoísmo é prejudicial, tanto ao executor, quanto ao necessitado, pois é privativo de boas experiências a ambos, o que cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

De acordo com o exemplo de vida de profetas, de diversas religiões, o amor ao próximo é engrandecedor do intelecto e da alma, conforme pregava Jesus Cristo. Quem o pratica, portanto, estaria apto ao bem estar, no mínimo, da mente. Contudo, diversos são os exemplos de pessoas que trocam nobres experiências por posses e aparência requintada, o que é, pessoalmente, lamentável.

Outrossim, a mídia, patrocinada por empresas irresposáveis, que estimulam o consumismo desenfreado, reforça a ideia de felicidade atrelada aos bens de consumo. Como consequência disso, o individualismo é exacerbado e a produção de lixo tem sempre aumentado. Ambas as atitudes, de acordo com psicólogos e biólogos, trazem tristes resultados à vida em grupo e ao meio ambiente.

É, por conseguinte, recomendável que o CONAD, órgão regulamentador de publicidade no Brasil, seja demandado por meio do Legislativo a obrigar que todas as propagandas, assim como as de cerveja, alertem ao risco do consumo exagreado, com avisos ao final da promoção, para que se previna atingir negativamente à psiqué do receptor. Ademais, o governo deveria financiar campanhas educativas na TV, mediante verba disponibilizada pelo Executivo, que estimulem pais e professores a dialogarem com tutelados sobre o quão rica pode ser uma vida compartilhada e com menor produção de detritos, para que se combata a ostentação na sociedade. Assim, têm-se uma existência digna de ser lembrada; ao que a percorreu e aos que a circundaram.

Problemáticas:

  • não enriquece realmente a vida do ostentador
  • provoca produção de detritos
  • não contribui para o crescimento da comunidade

De acordo com o reverenciado educador, Paulo Freire, “quando a educação não é libertadora, o desejo do oprimido é se tornar o opressor”. Talvez essa afirmação explique por que alguns novos ricos, ao invés de contribuírem efetivamente para a sociedade, preferem a ostentação. Todavia, esse egoísmo é prejudicial tanto ao executor quanto ao necessitado, pois é privativo de boas experiências a ambos, o que cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

Quando se examina a vida de Jesus Cristo, torna-se óbvio seu exemplo sobre como o amor ao próximo é enriquecedor. Sendo assim, os que o praticam, estariam aptos à, no mínimo, paz de espírito. Todavia, infelizmente, é comum que comportamentos extravagantes e aparência requintada sejam escolhidos em detrimento de experiências nobres, que engrandeceriam a alma dos que dela comungam.

Outrossim, o consumismo desenfreado que causa danos à vida em comunidade é estimulado pela mídia que, patrocinada por empresas irresponsáveis, veiculam a ideia de que somente posses e eventos específicos podem trazer felicidade, corroborando, desse modo, para o aumento da produção de detritos e individualismo exacerbado, que pode resultar em depressão, segundo Freud e outros psicólogos.

É, por conseguinte, importante que o Legislativo, por meio de lei aprovada na câmara com ampla maioria, obrigue o CONAD, órgão regulamentador de propagandas, a deixar claro, assim como na publidade de cervejas, sobre os riscos de compras exageradas à psiqué do cliente para que ele se previna de comportamentos egoístas. Ademais, o governo deveria investir em campanhas, mediante verba destinada pelo Executivo, que estimulem pais e professores a conversarem com os alunos sobre o quão rica pode ser uma vida compartilhada e com menor produção de lixo com o objetivo de desincentivar a ostentação na sociedade. Assim, tem-se uma existência digna de ser lembrada, pelo que a percorreu e pelos que a circundaram.

Problemáticas:

  • não enriquece realmente a vida do ostentador
  • provoca produção de detritos
  • não contribui para o crescimento da comunidade
  • a mídia, patrocinada por empresas irresponsáveis, estimulam tal comportamento