As relações dos jovens com as infecções sexualmente transmissíveis – Redação ENEM

O aumento das dsts entre os jovens no brasil

Tema: “As relações dos jovens com as infecções sexualmente transmissíveis”

PROPOSTA DE REDAÇÃO

TEXTO I

Apesar das informações sobre as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) circularem livremente, especialmente hoje em dia por causa das redes sociais, o jovem brasileiro não se preocupa em se prevenir. Seja por não ter tido contato com alguém doente ou por acreditar que “isso nunca vai acontecer” com ele. Só de HIV, uma das mais graves DSTs, houve aumento principalmente entre os mais jovens. Na faixa etária dos 20 aos 24 anos, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015, informou o Ministério da Saúde.

Outra DST que preocupa as autoridades é a sífilis, devido ao disparo no número de casos. A doença pode provocar sequelas graves para a vida toda. Segundo o ginecologista e obstetra e membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Geraldo Duarte, o motivo do aumento da transmissão das DSTs se deve à falta conscientização.

[…] No mundo inteiro, a tendência é de aumento das doenças sexualmente transmissíveis porque as pessoas não estão usando preservativo. Pesquisas tentam investigar o porquê disso. Já se sabe que a utilização [da camisinha] nas relações sexuais é menos de 40%. E nem sempre conseguimos medir os dados que são, muitas vezes, baseados na percepção dos próprios médicos. Desde 2010, percebe-se isso em relação à sífilis. Os dados de notificação mostram o aumento não só de sífilis adquirida (por transmissão sexual) em adultos, mas também da congênita, transmitida da mãe para o bebê, que pode ocorrer durante toda a gestação.

Dados do Ministério da Saúde apontam que entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes 20,9% e congênita, de 19%. Em 2015, o número total de casos notificados de sífilis adquirida no Brasil foi de 65.878. No mesmo período, a taxa de detecção foi de 42,7 casos por 100 mil habitantes e a maioria são em homens, 136.835 (60,1%). No período de 2010 a junho de 2016, foi registrado um total de 227.663 casos de sífilis adquirida.
Disponível em: http://noticias.r7.com/saude/sem-medo-de-doencas-jovens-nao-se-protegem-na-hora-do-sexo-e-casos-de-dsts-disparam-no-brasil-28042017 Acesso em 20 julho 2017.

TEXTO II

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a Aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil. No Brasil, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa, a cada ano, são:
Sífilis: 937.000
Gonorreia: 1.541.800
Clamídia: 1.967.200
Herpes genital: 640.900
HPV: 685.400
Desde 1986, a notificação de casos de Aids e Sífilis é obrigatória a médicos e responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde, seguindo recomendações do Ministério da Saúde. Com as mesmas orientações, o registro de HIV em gestantes e recém-nascidos tornou-se obrigatório desde 2000.
Disponível em: http://www.aids.gov.br/pagina/clamidia-e-gonorreia Acesso em 20 julho 2017

TEXTO III

O aumento das dsts entre os jovens no brasil

Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias… Acesso em 20 julho 2017

TEXTO IV

Os números alertam: o uso da camisinha entre os jovens no Brasil voltou a cair. Nos últimos anos, o crescimento das doenças sexualmente transmissíveis alcançou níveis preocupantes e revela que a juventude vai na contramão da utilização do preservativo.
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que 40 mil novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como HIV, sífilis e hepatite, são diagnosticados por ano no País. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde divulgou que casos de HIV e Aids entre jovens de 15 a 24 anos aumentou 85% nos últimos 10 anos. Em 2016, seis em cada 10 jovens mantiveram relações sexuais sem proteção.

(Disponível em: http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,uso-de-camisinha-entre-os-jovens-cai-e-dsts-preocupam,70002053953 – Acesso em: 17 abr. 2018).

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As relações dos jovens com as infecções sexualmente transmissíveis”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

AIDS é a doença sexualmente transmissível (DST) mais famosa no mundo, provavelmente devido às trágicas mortes presenciadas na década de oitenta, quando ainda não havia medicamentos de combate à tão temida moléstia. Todavia, hoje em dia, provavelmente por causa do sucesso dos remédios disponíveis, muitos jovens perderam o medo da mazela e têm transado sem camisinha, inserindo-se, infelizmente, em um quadro de risco de contágio de várias infecções, o que cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

É significativo ressaltar a Constituição Cidadã, de 1988, cuja diretriz principal visa assegurar saúde a todos os brasileiros, o que não tem acontecido devido à falta de informação sobre comportamentos sexuais de risco. Conforme atesta pesquisa disponibilizada pelo jornal Folha de São Paulo, um quinto da população acredita, inclusive, que exista cura para a AIDS e não sabe o que é a Sífilis; situação lamentável que demanda ação emediata.

Ademais, como consequência da assutadora ignorância acerca do mecanismo de contaminação e devastamento corporal de certas debilidades adquiridas durante o sexo pelos cidadãos mais novos, instalou-se uma preocupante epidemia no país. Esta, além de colocar em risco a vida dos pacientes, ainda pressiona órgãos como o Sistema Público de Saúde (SUS) por um aumento dos gastos, como atesta o TCU, resultando em ineficiência no atendimento à população; fato que poderia ser evitado com educação preventiva.

Para reduzir a ameaça das DSTs, o Ministério da Saúde, por conseguinte, deve investir em publicidade nas redes sociais alertando sobre a importância de se usar preservativo durante a transa como maneira de evitar graves enfermidades, por meio de verba destinada pelo Executivo, com a veiculação de manterial audiovisual exemplificativo. Espera-se, assim, que menos jovens se vejam contaminados por patologias que poderiam ter sido evitadas e a Carta Magna nacional seja respeitada.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam, como o próprio nome infere, mazelas que podem ser adquiridas durante a cópula. Apesar de haver maneiras de se prevenir, como a utilização de preservativos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de jovens infectados têm aumentado. Esse quadro, ironicamente, talvez se deva ao avanço dos medicamentos para combater a doença, representando uma falsa sensação de segurança aos que não presenciaram as tristezas generalizadas de outrora, o que cabe análise.

É significativo ressaltar a Constituição Cidadã, de 1988, que possui como principal diretriz assegurar saúde aos cidadãos brasileiros. Dessa forma, é imperativo realçar o vergonhoso insucesso governamental no que tange a AIDS e a Sífilis, por exemplo, enfermidades em rápida ascenção no Brasil e que poderiam ser evitadas caso a população disponibilizasse de maior conhecimento acerca das consequências dessas debilidades.

Admais, como consequência da ignorância a respeito dos mecanismos de contágio de graves epidemias, uma geração inteira se vê em risco. Outro fator de preocupação das autoridades brasileiras, de acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), são os altos custos impostos ao Sistema Único de Saúde (SUS) por pacientes, advindos de uma transa irresponsável, que acabam por reduzir a eficiência do atendimento à população.

Para se evitar infecções por DSTs, o Ministério da Saúde, por conseguinte, deveria investir em campanhas elucidativas nas redes sociais de maneira a evidenciar os perigos do sexo sem preservativo, por meio de verba destinada pelo Executivo, com material audiovisual exemplificador veiculado. Espera-se, assim, que menos jovens sejam vítimas dos próprios atos, uma vez que exista a real consciência de patologias que podem ser esquivadas.

Cazuza, Zacarias e Renato Russo são apenas alguns dos heróis nacionais ceifados de uma vida duradoura em função da AIDS; a geração mais velha se lembra perfeitamente do acontecido. No entanto, os mais novos se iludem ao imaginar que doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) não são tão graves. Talvez, ironicamente, a imaturidade que os coloca em risco, deva-se ao sucesso de alguns medicamentos de controle, o que cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

É imperativo ressaltar que, apesar dos modernos tratamentos disponíveis para certas mazelas, a vida do paciente, não raro, é completamente alterada pela nova rotina, que além de privativa, demanda tempo e dinheiro. Este, não só do enfermo, mas também do Sistema Único de Saúde (SUS), que, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), de modo alarmante, vem gastando cada vez mais com os incautos pacientes.

Ademais, é significativo destacar a missão governamental imposta pela Constituição Cidadã, de 1988, cuja principal diretriz, em conformidade com os direitos humanos, visa assegurar saúde de qualidade a todos. Todavia, lamentavelmente, o insucesso do Estado, em relação aos mais jovens, torna-se óbvio quando dados, disponibilizados pelo Portal de Notícias G1, acerca do crescimento de Sífilis na faixa etária em questão são evidenciados.

Para evitar que o crescimento das DSTs entre os futuros líderes da nação continue, o Ministério da Saúde, por conseguinte, deveria investir em campanhas elucidativas sobre os reais riscos de se transar sem preservativo, por meio de verba destinaca pelo Executivo, com materiais audiovisuais exemplificadores da gravidade da questão para que a adversidade seja deminuída. Espera-se, assim, que mais entrantes da vida adulta sejam capazes de exercê-la com a responsabilidade esperada pelo coletivo já “calejado” pela experiência de outros tempos.