Carlos Martel e Pepino, o Breve. Império Carolíngio – Idade Média

Mapa do Império Carolíngio. Reino dos Francos

Este post destina-se por meio de texto, imagens e vídeos, servir como resumo sobre o reino franco, da Dinastia Merovíngia, representada por Meroveu e Clóvis, e da Dinastia Carolíngia, esta representada principalmente por Carlos Martel, “Pepino, o Breve” e Carlos Magno, que governaram o reino dos francos durante a idade média. Além disso, explicamos a origem do feudalismo nesse contexto, citando sobre como funcionava a sociedade feudal, evidenciando como ocorriam as concessões de terras no feudalismo logo após a queda do império romano.

Reino dos Francos como origem do feudalismo

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Da Dinastia Merovíngia à Carolíngia

Carlos Magno foi tão importante a ponto de ser, até, mais lembrado que seu avô, Carlos Martel, a real causa do nome da Dinastia Carolíngia, apersar de muitos, erroneamente pensarem que é devido ao seu neto. Mas, para entender porque Carlos Magno é tão famoso, é importante entender, antes, quem foi “Pepino, o breve“, pai de Carlos Magno, e Carlos Martel, seu avô. Além disso, vale destacar o contexto no qual a dinastia Carolíngia reinou: pós queda do império romano no início da idade média, quando o feudalismo era o sistema econômico-social vigente.

Mapa do Império Carolíngio e conquistas dos imperadores
Mapa do Império Carolíngio. Reino dos Francos

Porque Roma acabou?

Um dos principais motivos que provocaram a queda do império romano foi o fato de diversos povos germânicos estarem, constantemente, invadindo o território. Além disso, o próprio tamanho do império romano resultou na sua queda, pois era praticamente impossível gerenciá-lo de forma sustentável, poque quanto mais ele crescia, maior era a demanda por guerra em suas fronteiras.

Além disso houve outros motivos da queda do império romano, veja a segur:

  • crise do escravismo
  • crise da anarquia popular
  • crise da fragmentação do exército
  • crise da inflação
  • crise da retração econômica

O que é feudalismo

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Feudalismo na Idade Média

Apesar de marcarmos o início da idade média com uma data definida (476 D.C.), não foi bem assim que aconteceu. A idade média, tal qual como o feudalismo, foram frutos de um processo histórico. Que iniciou-se após a queda do império romano, quando os francos conquistaram a Gália.

Sociedade feudal

O feudalismo é um sistema econômico-social, no qual senhores feudais concediam terras aos vassalos em troca de apoio militar, que surgiu com a fusão das culturas bárbaras e do império romano, conquistado por esses. A queda do império romano resultou na centralização de poder européia pela igreja católica, que ditava, agora, realmente, os rumos da sociedade, não mais os imperados, como anteriormente. Isso aconteceu porque, nessa época, a igreja católica já possuía um grande número de fiéis na Europa e devido a atitude, após terem conquistado a Gália, dos francos, que foram os primeiros povos a se converterem para o catolicismo romano após a queda deste.

Dinastia Merovíngia no Império Franco

Meroveu, o rei dos francos na Gália

Parte da região da Gália, até então pertencente ao que restou do império romano, foi conquistada pelo rei da Galha, chamado Meroveu. Nesta época existiam duas principais tribos francas: a dos Sálios e a dos Ripuários. Vale ressaltar, que os francos eram apenas um dos povos germânicos, chamados de povos bárbaros pelos romanos.

Clóvis, neto de Meroveu, rei dos povos germânicos

Clóvis, neto de Meroveu, aos 16 anos, foi eleito rei. Ele consegue unificar os francos e, em 507, derrotar os visigodos que estavam, também, na Gália. Assim, ele anexou mais territórios e deu origem ao que seria, futuramente, uma região que viria a ser chamada de Aquitânia. Como muitos que moravam nesta terra eram católicos, Clóvis, inteligentemente, aliou-se a à Igreja para conseguir gerir seu reinado e legitimar o seu poder, expandindo, assim, sua influência a todos os católicos da Gália.

Em troca de ajudar os francos a legitimarem seu poder e a expandirem território, a igreja católica ganharia apoio militar, político e econômico. Por meio dessa aliança, em 489 D.C., Clovis, e mais 3 mil guerreiros se converteram ao catolicismo. Essa parceria deu tão certo que, mais tarde, vários outros reinados também se converteram formalmente.

Como ocorriam as concessões de terras no feudalismo

Senhores feudais e vassalos

Sob o comando de Clóvis, neto de Mereveu, surgiu uma dinastia que ficou conhecida como Dinastia Merovíngia. Sob o comando desta, os francos se tornaram o povo germânico mais poderoso da história. Porém, o poder, durante a Dinastia Merovíngia, era totalmente fragmentado, devido à tradição dos francos que os impunham partilhar terrotório entre membros da família em troca de apoio militar e fidelidade. Desta maneira, configurava-se, então, o modo como o feudalismo funcionava: através do rei, chamado suserano que cedia território aos nobres, chamados vassalos, que o apoiavam militarmente em contra partida. Todavia, o vassalo também podia ser o suserano de outra pessoa, motivo pelo qual o poder se fragmentou a tal ponto que ficou insustentável a tomada de decisões centralizadas.

Queda do Império Merovíngio

Devido a fragmentação do poder na Dinastia Merovíngia, depois que o Clóvis morreu, o território dos Francos foi dividido em três reinos: a Austrásia, a Nêustria e a Borgonha. Logicamente, havia um rei para cada um destes, mas nos últimos cem anos (651-751) estes três reinos partilharam algo em comum além do sangue real: foram governados por reis completamente incompetentes e impotentes.

Nessa época, existia um cargo público chamado major domus, que era como um primeiro ministro. Contudo, como os reis Merovíngeos não estavam dando conta do recado, eram os major domus que acabavam por, na prática, governar o reino dos francos. Foi neste contexto que o rei merovíngeo chamado de “Pepino, o breve“, chegou ao poder. Contudo, devemos entender, primeiro, quem foi Carlos Martel, pai de Pepino.

Carlos Martel

Carlos Martel acabou com uma revolta de nobres na Nêustria, e ganhou muita influência com o exército de Aquitânia quando, ao invés do rei, venceu os Árabes na batalha de Poitiers, em 732 . Por causa deste feito, Carlos Martel, em 751, conseguiu destituir o último rei da Dinastia Merovíngia, Quilderico III (714 — 754), trancafiando-o em prisão, e tomou todo o poder de decisão sobre o reino para si. Contudo, Carlos Martel não se coroou rei dos francos, apenas manteve o poder efetivo com o rei trancafiado. Provavelmente, não se coroou rei porque dependia da bênção do papa e tentou evitar maiores transtornos.

Batalha de Poitiers

Ela foi travada entre o exército do reino franco, liderado por Carlos Martel, e os mouros do exército de Córdoba, liderados por Al-Galifiqi. Essa batalha é lembrada como o marco do final da expansão muçulmana na Gália.

Pepino, o breve

“Pepino, o breve” era um major domus da Austrásia, devido ao seu poder cada vez maior por causa da incompetência dos reis verdadeiros, e da fama de seu pai, Carlos Martel, Pepino, pressionando o Papa por apoio, já que este também dependia dele, se auto-coroou, então, rei dos francos, dando início ao Sacro Império Romano-Germânico, que durou sete séculos. Depois de sua morte, a coroa passou ao seu filho, Carlos Magno, que, efetivamente, consolidou o poder da família na sucessão de seu pai.

Um erro muito comum é pensar que a Dinastia Carolíngia teve esse nome por causa de Carlos Magno. Todavia, ela foi assim batizada, por “Pepino, o Breve”, em homenagem ao seu pai, Carlos Martel, real responsável pelo poder adquirido pela família.

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