América Latina alcança média baixa de conhecimento em inglês
Ter um conhecimento sólido de inglês é fundamental para o mercado de trabalho nos dias atuais. Estima-se que mais de um bilhão de pessoas falam esse idioma, que é considerado o “universal” e está ao lado do mandarim como mais popular do planeta.
Além da importância do inglês no mercado de trabalho, aprender tal língua é fundamental para exercitar o cérebro e estimular a mente de diversas maneiras — visto que aprender uma nova língua traz muitos benefícios para a cabeça.
Apesar da alta importância do inglês em um mundo cada vez mais globalizado, a América Latina ainda decepciona quando o assunto é nível de conhecimento desse idioma.
Neste ano, foi mais uma vez divulgada uma das listas mais importantes no tema. O índice de proficiência da
EducationalFirst(EF) veio à tona na terceira semana de novembro e constatou mais uma vez a América Latina na parte debaixo da tabela no conhecimento da língua inglesa entre países não-nativos desse idioma.
O índice avaliou 100 países do mundo todo entre adultos que realizaram o teste da EF e, claro, países como
Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, por exemplo, ficaram de fora da lista. Ao todo, 2.3 milhões de adultos participaram do índice.
Entre os países que participaram, 33 são da Europa, 25 da Ásia, 13 da África, 10 do Oriente Médio e 19 da América
Latina. Desse total, 59% são mulheres e 90% das pessoas que responderam o teste têm 40 anos ou menos.
No índice, a Argentina aparece com a primeira colocação entre os países latinos e tem a 27ª posição geral com
um índice considerado alto. No entanto, a nação é apenas a única da região que tem uma proficiência considerada acima da média.
Entre os países latinos, atrás da Argentina aparece Uruguai (39º), Cuba (43º), República Dominicana (44º), Paraguai (45º) e Guatemala (46º) — todos esses se encaixam na categoria de proficiência chamada
moderada.
Nas nações latinas, a Bolívia teve o melhor aumento com 2,77% em relação ao teste do ano passado, enquanto a
República Dominicana teve a maior queda com -2,39%. Além disso, o pior país da região em inglês continua sendo o Equador com a 81ª colocação.
O Brasil anda mal das pernas no inglês. O nosso país aparece apenas na 59ª colocação e teve uma queda de qualidade no ranking em relação aos últimos anos.
O relatório também concluiu que, quanto melhor for o país no inglês, mais o mesmo inova. As nações com proficiência nesse idioma muito alta contam com média de 4.738 pesquisadores por um milhão de pessoas. Já os países de proficiência baixa, em que o Brasil se encontra, esse número cai para 787 pesquisadores a cada um milhão.
Como consequência, a Europa lidera quando o assunto é proficiência em inglês. Os países nórdicos, como Dinamarca, Suécia e outros, são os grandes destaques da nova lista divulgada recentemente.
No outro lado da tabela, o Oriente Médio é o pior entre as regiões. A América Latina tem a penúltima colocação entre as cinco regiões analisadas — Europa, Ásia, África, América Latina e Oriente Médio.
Apesar da média baixa da América Latina e do Brasil ter caído, no geral a região está avançando no inglês. Dos
19 países analisados, 12 deles apresentaram melhorias no índice e isso cria uma expectativa maior para os próximos anos.
Desse montante de 19 países latinos, porém, mais da metade deles apresentam proficiência baixa ou muito
baixa e isso é um número preocupante — apenas a região do Oriente Médio
se supera na pouca qualidade de inglês.
Outro fato que o relatório constatou é que pela primeira vez os homens tiveram uma nota média maior do que
as mulheres e isso também vale para o Brasil — 50,18 para os homens contra 49,98 das mulheres.
O fato é que vai ser necessária uma mudança a longo prazo para que a América Latina se torne um bom país nesse idioma universal e o Brasil é um exemplo clássico de como o jogo deve demorar
para virar, visto que só no nosso país são cerca de 70 milhões de pessoas sem sequer o ensino médio completado.
Índices como esse servem para comprovar ainda mais que a América Latina ainda precisa de muitas melhorias no
quesito da educação para aumentar o seu nível de crescimento econômico global.