Proposta de Redação ENEM PPL 2018 – Mercado de Trabalho e Economia

Tema: Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil

Mercado de Trabalho no Brasil

TEXTO II

Moedas sociais circulam por todo o Brasil e impulsionam economia das comunidades Engana-se quem pensa que o Real é a única moeda em circulação no Brasil. Além dele, existem centenas de outras, chamadas de moedas sociais, já muito usadas em diversas regiões do país. As moedas sociais estão ligadas a bancos comunitários. Elas são consideradas complementares à moeda oficial brasileira e, em geral, são lastreadas pelo Real. Hoje, as mais de cem moedas sociais em circulação no Brasil movimentam mais de R$ 6 milhões por ano, seja em crédito produtivo, seja em meio circulante físico. Esses bancos atuam onde os bancos tradicionais não entram.

Disponível em: www.conexaoplaneta.com.br. Acesso em: 7 maio 2018 (adaptado)

Cooperativismo Indígena: Redação PPL 2018

Desde 2011, os Xavante da aldeia Marãiwatsédé fazem parte da Rede de Sementes do Xingu. A aldeia Ripá, da mesma etnia, se juntou a eles no trabalho de coleta e comercialização de sementes florestais para a recuperação de áreas degradadas. Além de ser uma importante alternativa econômica para os Xavante, a atuação na produção de sementes efetiva caminhos para o mapeamento participativo dos territórios e integra valorização da cultura tradicional com novas oportunidades para os jovens.

Disponível em: http://terramirim.org.br. Acesso em: 7 maio 2018 (adaptado)

TEXTO IV

P.S.O.: Qual seria a importância principal da economia solidária na sociedade brasileira atual? Paul Singer: O trabalho é uma forma de aprender, de crescer, de amadurecer, e essas oportunidades a economia solidária oferece a todos, sem distinção. […] Os trabalhadores não têm um salário assegurado no fim do mês, que é uma das conquistas importantes dos trabalhadores no sistema capitalista, no qual eles não participam dos lucros e tampouco dos riscos. Agora, trabalhando em sua própria cooperativa, eles são proprietários de tudo o que é produzido, mas também os prejuízos são deles.

SINGER, Paul. Economia Solidária. [Jan./Abr. 2008] São Paulo: Estudos Avançados. v. 22, n. 62. Entrevista concedida a Paulo de Salles Oliveira

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Formas de organização da sociedade para o enfrentamento de problemas econômicos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Segundo Thomas Hobbes, no caminho da ambição pessoal, o indivíduo acaba por gerar riqueza àqueles a sua volta. Essa sábia afirmação pode ser comprovada ao se comparar países que prezam o liberalismo com os que possuem um estado forte, monopolizador do mercado mediante de altas cargas tributárias em que não há flexibilidade para organização social no enfrentamento de problemas econômicos, como acontece no Brasil.

É preciso analizar como são organizados os encargos que, de acordo com vários deputados federais especializados na questão, se encontram divididos em mais de duzentas classes, o que torna impossível categorizá-los em ativos para se discutir uma eventual redução dos tributos. Dessa forma, é preciso estabelecer melhoria financeira nacional que facilite instituições a vencerem adversidades monetárias do país.

Como consequência da desordem na receita brasileira, há enorme dificuldade em se avaliar quais taxas podem ser diminuídas, extintas ou remanejadas. Esse entrave, ao invés de ser discutido com seriedade, no entanto, tem sido contornado com o aumento de tarifas estatais muitas vezes abusivas, como o ICMS, que incide sobre produtos ao mudarem de estado e, de acordo com o Portal de Notícias G1, tem sido um dos principais obstáculos ao crescimento de cooperativas para outras regiões.

O Legislativo, por conseguinte, deve estabelecer um imposto único, por meio de votação na câmara com informações baseadas em diagnóstico junto ao Executivo, de maneira a possibilitar maior liberdade ao empreendedorismo. Espera-se, assim, a construção de uma dinâmica que possibilite oposição dos diferentes coletivos às duras realidades do mercado de uma forma criativa e sustentável.

Solidariedade Orgânica, segundo Emile Durkhein, representa o complexo organizacional em que pessoas de diferentes credos e profissões se organizam para manter o funcionamento da sociedade. Dessa maneira, há variadas formas de se relacionador no mercado para se opor às mazelas econômicas no Brasil. Dentre essas, vale destacar a alta carga tributária enfrentada pelos empreendedores, o que cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

O trabalho da Hanna Arendt, no livro “A banalidade do mal”, relata como pequenas crueldades diárias aceitas inicialmente pelo coletivo podem levar a barbáries assombrosas. Essa é a realidade atual das empresas brasileiras, que já não pertencem aos donos, pois estão assoladas em dívidas compulsoriamente cobradas pelo estado em uma penosa situação.

Ademais, vale ressaltar que, de acordo com a revista Exame, clientes pagam, em média, 50% de imposto sobre os produtos consumidos, o que reduz a demanda, os lucros e, consequentemente, a tributação arrecadada pelo Estado. Essa estúpida lógica, ignora a Curva de Laffer, na qual se evidencia a queda na receita governamental em gráficos devido o abafamento do capital privado e merece ser reavaliada, para que empresários sejam capazes de se organizarem de modo a combater adversidades financeiras.

O Legislativo, por conseguinte, deve reduzir os tributos sobre consumo e produção, por meio de leis que levem em conta modernas teorias econômicas já implementadas em países desenvolvidos, com atenção a dados fornecidos pelo Executivo sobre a situação administrativa. Espera-se, assim, que mais indivíduos possam ser capazes de se elevarem contrários aos obstáculos monetários cotidianos.

Segundo Emile Durkhein, Solidariedade Orgânica representa um complexo organizacional em que pessoas de diferentes credos e profissões se constituem em prol do funcionamento da sociedade. Desse modo, há variadas maneiras de se opor aos problemas econômicos no Brasil. Dentre estes, vale destacar a alta carga tributária imposta aos empreendedores, o que cabe análise das tratativas e possível solução da problemática.

De acordo com Karl Marx, a mais-valia representa em valores absolutos a exploração do proletariado pelo dono da empresa. Assim, se ambos são abafados pelas taxas compulsórias cobradas pelo Estado, é cabível sugerir um arranjo empresarial distinto para enfrentar as adversidades monetárias vigentes no país, como a fundação de uma cooperativa, onde todos os trabalhadores teriam direitos iguais sobre o lucro.

Ademais, no livro “A banalidade do mal”, de Hanna Arendt, é evidenciado como pequenas crueldades diárias aceitas pelo coletivo podem se transformar em uma barbárie permanente, semelhante à experienciada pelos cidadãos modernos que, apesar de rodeados de belas informações, são obrigados a trabalhar apenas para sobreviver. Essa cruel realidade é desumana e requer uma postura firme contrária à referida mazela.

As pessoas esclarecidas, por conseguinte, devem pressionar o Legislativo, por meio das redes sociais, com postagens especificamente direcionadas ao congresso, para que reduzam os exagerados tributos cobrados pelo Executivo. Outrossim, elas necessitam se organizar como instituições coletivas que sirvam de alternativa ao modelo capitalista tradicional. Espera-se, assim, que uma maior quantidade de indivíduos possa desafiar as disfunções financeiras advindas de um sistemas tão injusto como o vivenciado na amada nação verde e amarela.