Revolução Farroupilha. Guerra dos Farrapos. Revoltas do Período Regencial

Bandeira da Revolução Farroupilha

Nesta pesquisa sobre Farroupilha, dividimos o assunto, sempre acompanhados dos melhores vídeos, nos seguintes tópicos:

  • Farroupilha: revolta e seus processos
  • livros sobre revolução farroupilha
  • acampamento Farroupilha

Revolução Farroupilha: resumo

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Revolução Farroupilha: causas

Abaixo serão listadas causas da Revolução Farroupilha , mais a frente, na seção “Guerra dos Farrapos: objetivos“, veremos um pouco mais sobre as atitudes tomadas em função do descontentamento da elite gaúcha para com o governo regencial:

  • altos impostos sobre a carne de charque gaúcha
  • baixos impostos sobre a carne de chraque Uruguaia e Argentina
  • autoritarismo do governo regencial
  • decontentamento quanto a infraestrutura fornecida pelo governo frente aos altos impostos
O estopim que iniciou a Guerra dos Farrapos

Dentre os diversos motivos da revolução Farroupilha, houve alguns que se destacaram como a “gota d`água” para o início do movimento, como quando, no ano de 1835, Antônio Rodrigues Fernandes Braga foi nomeado presidente da província do Rio Grande do Sul, o que seria, atualmente, o equivalente a um cargo de governador. Esta indicação aconteceu por Bento Gonçalves, poderoso fazendeiro do estado e que compunha seu quadro político mais forte.

Antônio era gaúcho, por isso agradou aos liberais. Contudo, ele havia passado muitos anos no exterior servindo ao império e logo começou a desagradar aos conterrânios, até que, com os ânimos mais exaltados, fez um discurso no dia 22 de abril de 1835, no qual acusava Bento Gonçalves e outros de serem separatistas. A discussão seguiu na imprensa, de modo ainda mais exagerado e voraz.

Assim, em reunião com outros que viriam a compôr o quadro de líderes Farroupilhas, ficou-se decidido, por unanimidade, que na noite de 20 de setembro de 1835, tomaria a cidade de Porto Alegre e destituiriam Antônio Rodrigues Fernandes, o que não foi feito devido a contratempos no dia anterior, mas que no dia 21 foi, finalmente, fealizado.

Já com o poder da câmara municipal, os revoltosos reuníram-se e escolheram, como presidente provincial provisório, Marciano Pereira Ribeiro. No dia 25 de setembro, uma carta foi enviada ao padre Diogo Antônio Feijó, então regente imperial, informando o acontecido, solicitando a nomeação de um novo Presidente Provincial pelo império e Comandante das Armas. Desta forma, os revoltosos davam o conflito por encerrado.

Contudo, Feijó decidiu retomar a câmara municipal a força e instituir quem bem entendesse como presidente da província. Por isso, destituiu Bento Gonçalves e retomou Porto Alegre.

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Revolução Farroupilha: objetivos

Os objetivos da Revolução Farroupilha foram:

  • elevação do imposto sobre as carnes de charque que vinham de outros países, principalmente de Uruguai
  • redução dos impostos das carnes de charque produzidas no Rio Grande do Sul
  • de início, os revoltosos queriam, apenas, mais autonomia para a escolha do presidente da província, um que viesse a atender seus anseios econômicos. Todavia, depois, a Guerra dos Farrapos se radicalizou e expressaram-se como uma república aparte do império

A Revolução Farroupilha

A cidade de Porto Alegre ficou sitiada pelos rebeldes que travaram pequenas batalhas até 1840, quando terminaram. Com o controle da capital e do único porto marítimo da província perdidos, os revoltosos se estabeleceram na cidade de Piratini. Todavia, ainda detinha o Forte de Itapoã, o principal porto fluvial que dava acesso à capital. Mas que foi retomado em 21 de agosto pela marinha imperial.

Batalha do Seival

Não há como tratar sobre a Revolução Farroupilha e não destacar esta batalha, que foi travada na região do Bagé, onde o imperial João da Silva Tavares mantina o exército Farroupilha sempre inquieto. Entretanto, a Primeira Brigada de Neto, revoltoso Farrapo, que liderava 400 soldados, atravessou o arroio do Seival e venceu os homens de Tavares. Dos 560 soldados deste, 180 morreram, 63 ficaram feridos e 100 foram feito prisioneiros.

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Guerra dos Farrapos: líderes

Há questionamentos sobre quem participou da Guerra dos Farrapos. Como muitos foram envolvidos, há controversas, mas há consenso sobre os principais líderes da Revolução Farroupilha foram:

  • Bento Gonçalves
  • General Neto
  • Onofre Pires, que foi morto em duelo por Bento Gonçalves, devido a desentendimentos com este
  • Lucas de Oliveira
  • Vicente da Fontoura, que induziu Onofres Pires a duelar contra Bento Gonçalves devido a divergências na Assembléia Constituinte Farroupilha
  • Pedro Boticário
  • David Canabarro
  • Vicente Ferrer de Almeida
  • José Mariano de Mattos

Os principais líderes da Guerra dos Farrapos receberam, também, inspiração ideológica de estrangeiros, como os italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti. Ademais, houve a contratação de Giuseppe Garibaldi, que apesar de não fazer parte da Carbonária, participou de diversos levantes defenssores da república em seu país de origem, na Itália.

Regência Trina Provisória, os governantes do período regencial

Duque de Caxias foi o principal inimigo dos revoltosos, todavia é importante destacar, também, quem participou da Revolução Farroupilha como governantes do período regencial:

Senador Vergueiro

Defendia posições liberais, era fazendeiro de café e português de nascimento

Marques de Caravelas

Representava a alada conservadora do Senado

Francisco de Lima e Silva

Brigadeiro do exército imperial era um militar renomado

Pesquisa sobre Farroupilha: Garibalde

Este vídeo sobre os Farrapos, destaca a importância de Garibalde para o movimento.

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Onde ocorreu a Guerra dos Farrapos

Muito se pergunta sobre onde ocorreu a Revolução Farroupilha, o local da Farroupilha exato. Embora seja sabido que a Guerra dos Farrapos aconteceu no Rio Grande do Sul, é preciso entender que a Revolução da Farroupilha foi uma revolta do período regencial, em que Dom Pedro II ainda era criança, bastante duradoura, com diversas batalhas que, ao todo, somaram dez anos, tendo sido travadas em diversas regiões do estado.

Revolução Farroupilha: Rio Grande do Sul

Os campos de batalha mais conhecidos da Revolta dos Farrapos foram:

  • Porto Alegre
  • Município de Lages, primeira conquista Farroupilha fora do Rio Grande do Sul, mas que custou caro aos revoltosos, que a perderam pouco tempo depois, junto a 450 homens
  • Rio Pardo, São Gabriel e Rio Grande, cidades que compuseram alguma resistência no dia em que os revoltosos tomaram a guarda municipal de Porto Alegre
  • Região de Bagé, onde Tavares foi derrotado pelos revoltosos, que se apresentaram quase intactos após a batalha
  • Forte de Itapoã
20 de setembro: Revolução Farroupilha

Já que a Guerra dos Farrapos durou dez anos, o fato de se comemorar a data da Revolução Farroupilha como um único dia pode ser considerado controverso, talvez seja por isso que os gaúchos fizeram a Semana da Farroupilha. Contudo, 20 de setembro foi eleito como o dia da Revolução Farroupilha, é nele em que se celebra o início deste movimento.

  • Ano da revolução Farroupilha: 1835 a 1845

Como terminou a Revolução Farroupilha

Batalha de Lages

O município de Lages, em 9 de março do ano de 1838, foi tomada pelos soldados Farroupilhas, o que causou grande júbilo entre estes, visto que tal fato representou sua primeira conquista territorial fora do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina. Todavia, a cidade foi retomada pelas tropas imperiais e, dos 500 homens que compunham a tropa Farroupilha fora de Rio Grande do Sul, apenas 50 retornaram.

Batalha dos Porongos

Vídeo sobre a Batalha dos Porongos

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Bento Gonçalves, já em negociação com Canabarro, entrou num consenso, por imposição do governo imperial, de que os escravos libertos pela República Gauchense, como motivação pelo apoio desses, não mais poderiam gozar de liberdade, visto que esta não seria reconhecida por Dom Pedro II, pois, do contrário, um problema com os escravos dos outros estados poderia culminar. Assim, os soldados negros deveriam ser mortos por meio de uma traição de Bento Gonçalves, fato que ficou conhecido como a maior vergonha da Guerra dos Farrapos e hoje escondido por muitos gaúchos “patrióticos”.

A traição de Bento Gonçalves é uma certeza, pois há uma carta assinada pelo Canabarro em que ele instrui líderes da Armada a matar um parte do exército da Farroupilha, com instruções claras de localização e posicionamentos. Ao final da carta, David Canabarro, acalma o emboscador, dizendo que tudo ficará bem e sairá como o planejado, pois Bento Gonçalves havia concordado sobre o assassinato dos escravos que não mais poderiam ser libertos num contexto imperial. Deste modo, 800 soldados negros foram massacrados.

Tudo sobre Farroupilha

Confira este professor que procura relatar tudo sobre a Revolução Farroupilha, com destaque para a batalha de Porongos.

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Tratado do Poncho Verde

1 de março de 1845 é tido como a data fim da revolução Farroupilha. Foi nela em que o Tratado do Poncho Verde, ou Paz do Poncho Verde, foi assinado pelo Barão de Caxias, patrono do exército brasileiro, David Canabarro, representante da República Gauchense e um dos líderes da Revolução Farroupilha.

No tratado conhecido como Paz do Poncho Verde, doze cláusulas foram definidas por meio da liderança de Bento Gonçalves:

  • Art. 1° – Os líderes da Guerra dos Farrapos teriam direito de nomear o próximo presidente da província
  • Art. 2° – Total perdão por qualquer ato cometido por qualquer um dos revoltosos, sendo terminantemente proibido a abertura de processo judiciário contra qualquer um desses, mesmo que por interesses particulares
  • Art. 3° – Liberdade total será dada aos revoltosos prisioneiros, da Farroupilha, e transporte será fornecido aos mesmos, custeado pelo governo imperial, até seus lares, inclusive aos que estiverem como praça no Exército ou na Armada
  • Art. 4° – É assegurada a Dívida Pública, tal qual ela se apresenta por um prazo que permita a organização do estado
  • Art. 5° – Serão revalidados os atos civis das autoridades republicanas, sempre que nestes se observem as leis vigentes.
  • Art. 6° – Serão revalidados os atos do Vigário Apostólico.
  • Art. 7° – Está garantida pelo Governo Imperial a liberdade dos escravos que tenham servido nas fileiras republicanas, ou nelas existam.
  • Art. 8° – Os oficiais republicanos não serão constrangidos a serviço militar algum; e quando, espontaneamente, queiram servir, serão admitidos em seus postos.
  • Art. 9° – Os soldados republicanos ficam dispensados do recrutamento.
  • Art. 10° – Só os Generais deixam de ser admitidos em seus postos, porém, em tudo mais, gozarão da imunidade concedida aos oficiais.
  • Art. 11° – O direito de propriedade é garantido em toda plenitude.
  • Art. 12° – Ficam perdoados os desertores do Exército Imperial.

Mortes em Farroupilha

Apesar de muitos, no Google, procurarem pelo termo mortes em Farroupilha, é importante lembrar que Farroupilha não foi um lugar e sim um termo usado para designar os revoltosos. Neste vídeo veremos alguns detalhes sobre quem morreu e quem sobreviveu, nas diversas batalhas do movimento.

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Revolução Farroupilha: consequências

Dentre as principais consequencias da revolução farroupilha, estão alguns pontos estabelecidos no Tratado do Poncho Verde:

  • gaúchos poderiam escolher o presidente da província
  • charque estrangeiro passariam a pagar 25% a mais de impostos
  • comandantes Farroupilha passariam para o exército brasileiro com os mesmos postos
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Bandeira da Revolução Farroupilha
Bandeira da Revolução Farroupilha
Bandeira da Revolução Farroupilha
Livros sobre a Revolução Farroupilha

Há diversos livros da Revolução Farroupilha, mas o “Neto perde sua alma”, é considerado um dos principais, e possui até filme. Confira:

Filme Neto Perde sua Alma
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Hino Farroupilha
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Filme Farroupilha
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Acampamento Farroupilha

Veja esta festa Farroupilha onde há um acampamento Farroupilha que acontece na semana Farroupilha… há se todos fossem apaixonados pela sua terra como são so gaúchos!

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