Proposta de Redação para o ENEM: “o crescimento dos crimes de ódio praticados por internautas brasileiros”

Redação ENEM: Crimes de Ódio na Internet

Tema: “o crescimento dos crimes de ódio praticados por internautas brasileiros”

Redação – Proposta – Ódio na internet

Leia atentamente os textos abaixo.

Texto 01.

“A escuridão não pode expulsar a escuridão; só a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio; só o amor pode fazer isso.” (Martin Luther King)

Texto 02.

“Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco.” (“On The Road”, de Jack Kerouac)

Texto 03.

“Numa época de tecnologia avançada, o maior perigo para as ideias, para a cultura e para o espírito pode mais facilmente vir de um inimigo sorridente que de um adversário que inspira o terror e o ódio.” (Aldous Huxley)

Texto 04.

Redação ENEM: Crimes de Ódio na Internet

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/facebook-um-mapa-das-redes-de-odio-327.html/140311VitorTeixeirae1394555802759.jpg/@@images/eb47d29c-4231-4eb5-9a4c-7e25cc5cbe74.jpeg

Texto 05.

“No dia 5 de março o Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo, publicou um mapa de redes de admiradores das Polícias Militares no Facebook. São páginas dedicadas a defender o uso de violência contra o que chamam de “bandidos”, “vagabundos”, “assaltantes”, fazer apologia a linchamentos e ao assassinato, defender policiais, publicar fotos de pessoas “justiçadas” ou mortas violentamente, vender equipamentos bélicos e combater os direitos humanos.

Para centenas de milhares de seguidores dessas páginas, a violência é a única mediadora das relações sociais, a paz só existe se a sociedade se armar e fizer justiça com as próprias mãos, a obediência seria o valor supremo da democracia. Dentro dessa lógica, a relação com os movimentos populares só poderia ser feita através da força policial. Qualquer ato que escape à ordem ou qualquer luta por direitos é lido como um desacato à sociedade disciplinada. Um exemplo: no sábado, dia 8 de março, a página “Faca na Caveira” publicou um texto sobre o Dia Internacional das Mulheres no qual manda as feministas “se foderem”. Em uma hora, recebeu 300 likes. Até a tarde de domingo, 1473 pessoas haviam curtido o texto.”

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/facebook-um-mapa-das-redes-de-odio-327.html

Texto 06.

“O tema da baixa qualidade e da alta temperatura dos debates na Internet me mobiliza desde a primeira coluna publicada neste blog, que conclamava a usar o potencial do mundo digital para construir cidadania e não para disseminar o ódio e a intolerância.

Mas está difícil alcançar esse objetivo… que o digam as administradoras de páginas que denunciam o assédio sexual das mulheres, as quais, pelo seu ativismo, acabam sendo elas próprias alvo das agressões que tentam combater.

Um bom exemplo é o das estudantes de ciência política da Universidade de Brasília, que no ano passado criaram a página ‘FiuFiu-UnB’ no Facebook. A página recebe relatos de agressão e assédio sexual. Além disso, debate e divulga iniciativas de combate à violência contra as mulheres. Ao longo do ano passado recebeu quase 200 relatos de mulheres que sofreram todo tipo de humilhação e trauma. Seu objetivo é criar uma política na Universidade que permita proteger as mulheres.

O triste e frustrante é que, quanto mais o trabalho da FiuFiu-UnB ganha visibilidade, mais as administradoras da página tornam-se vulneráveis a ataques pessoais, ameaças e questionamentos extremamente ofensivos. Elas não são as únicas, infelizmente. A editora da página feministssa.com, Jennifer Thorpe, conta que no ano passado seus dados pessoais foram parar no Twitter e os internautas foram convidados a enviar mensagens dizendo ‘o que gostariam de fazer com ela’”.

Fonte: http://noblat.oglobo.globo.com/artigos/noticia/2015/01/o-odio-e-redes-sociais-virtuais.html

Situação A – Dissertação (USP, Unesp, Uniube, etc.)

Faça uma dissertação argumentativa sobre as causas para o aumento dos crimes de ódio veiculados por meio de redes sociais na atualidade.

Instruções:

1. Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma padrão da língua portuguesa.

2. A redação deverá ter entre 25 e 30 linhas.

3. Dê um título a sua redação.

Situação B – Outros gêneros textuais – comentário na internet (Unicamp, UEL, etc.)

Faça um texto que possa ser publicado na parte de comentários do último texto de apoio da coletânea acima.

Instruções gerais:

1. Se for o caso do gênero textual em questão, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.

3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: José ou Josefa. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.

4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.

5. Não copie trechos dos textos motivadores ao fazer sua redação.

6. Quanto ao número mínimo e máximo de linhas e de acordo com o vestibular pretendido, informe qual o vestibular que você irá prestar para que possamos adequar a correção às exigências do concurso escolhido.

Situação C – Carta argumentativa (UFU, Unicamp, UEL, etc.)

Escreva uma carta argumentativa a ser enviada a um “site” de sua escolha a fim de discutir o porquê de ele permitir comentários explicitamente racistas, sexistas, preconceituosos, etc., em suas páginas, textos e publicações.

Situação D – Artigo de opinião (UFU, Unicamp, UEL, etc.)

Redija um artigo de opinião sobre as consequências para a sociedade brasileira da disseminação do discurso de ódio pela internet.

Situação E – Editorial (UFU, Unicamp, UEL, etc.)

Faça um editorial sobre a relação entre o crescimento do ódio na internet, a política e os meios de comunicação de massa no Brasil.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero selecionado.

2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.

3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.

4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.

5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

6. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

7. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

Situação F – Dissertação (Enem)

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “o crescimento dos crimes de ódio praticados por internautas brasileiros”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções Enem:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.

4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.

6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

A internet propularizou-se na década de 90. No século XXI, houve a ascensão das redes sociais. Deste modo, mais pessoas tiveram acesso às plataformas interativas, nas quais ideias podem ser veiculadas em grande escala, para o bem ou para o mal. Este, infelizmente, está em nítido crescrimento na web; seja pela certeza da impunidade, seja pela simples falta de educação.

Para tentar reverter tal quadro, ativistas como as da página “feministssa.com” publicam textos que tentam conscientizar a todos sobre as mazelas provenientes do machismo. Todavia, quanto mais famoso o site se torna, mais as mantenedoras deste são alvo de covardias odiosas por alguns usuários que, muitas vezes, ficam impunes.

A principal justificativa dos praticantes de crimes de ódio no mundo virtual seria a de que o agredido fosse merecedor. Esses esbravejam, geralmente, que a vítima não estaria lutando por direitos iguais mas, sim, por direitos superiores. Isso é o que apontam muitas postagens em páginas do Facebook espantosamente ainda disponíveis à visitação.

É, por conseuinte, importante que empresas como o Facebook removam publicações que espalhem o ódio. Além disso, é aconselhável que essas façam campanhas educacionais sobre a importância de se respeitar o próximo. Ademais, o Governo, via órgãos competentes, deveria aplicar sanções às instituições que não agirem desse modo, bem como punir indivíduos que pratiquem o crime de ódio na rede. Assim, todos aproveitariam melhor os meios de comunicação, com paz e harmonia asseguradas e distância dos políticos aproveitadores.

Na década de 90, a internet se popularizou; no século XXI, houve a ascensão das redes sociais, onde é fácil interagir e publicar conteúdos online. Essa facilidade tem sido usada para o bem e para o mal; este, infelizmente, em crescimento. Todavia, para que haja punição aos envolvidos em delitos na web, é preciso entender todo o contexto, de modo a possibilitar que, além do efeito colateral, sejam sanadas, também, as causas.

Nesse viés, partidos políticos, sabidamente e repetidamente, envolvidos em escândalos de corrupção têm feito discursos humanistas, impulsionados na rede mundial de computadores, como forma de conseguir apoio para se perpetuarem no poder e continuar a ladroeira. Infelizmente, a juventude incauta, em expressiva parcela, tem se enganado pelos discursos vazios dos modernos sofistas e os incorporado. Dessa maneira, o que alguns enxergam como ativismo em prol da humanidade, outros veem como a continuidade de um plano de poder.

Dessa forma, como exemplo do absurdo mencionado, no passado, bravas mulheres lutaram por direitos reais, inclusive pelo mínimo respeito com o direito ao voto, conquistado apenas na década de 30. Hoje, é difícil distinguir o que é injustiça ou batalha por fama e dinheiro online. O mesmo acontece nas escolas, onde doutrinações ideológicas são veiculadas como atividade didática, mas na verdade, de modo sutil, induzem o aluno a ideias precipitadas, por meio de afirmações falsas incutidas levemente em um contexto de verdades. Esse descalabro provoca mais afrontas na internet que resulta em crimes virtuais.

É, por conseguinte, importante que os pais tomem o protagonismo pela educação dos filhos e instrua-os, por meio de exemplos práticos do cotidiano, como se proteger em um mundo onde a audiência é disputada, inclusive, travestida de outras intenções. Para isso, é aconselhável que indiquem documentários e conteúdos sabidamente verdadeiros, alertando-os sobre os modos de reconhecer as maldades que os circundam. Assim, dimiuem-se os discursos de ódio e aumenta-se os estudos.

Com o advento das redes sociais no século XXI, após a popularização da internet, ficou mais fácil veicular conteúdo, falso ou verdadeiro, com um grande número de pessoas. Dentre estas, uma parcela significativa tem visto nos desrespeitosos discursos de ódio, infelizmente, a possibilidade de impor ideais a qualquer custo, em um ambiente em que, muitas vezes, é difícil distinguir agressores de agredidos.

Nesse viés, como causa e combustível para delitos virtuais, políticos envolvidos em repetidos escândalos de corrupção se utilizam de questões sociais na web para manter um projeto de poder. Para isso, aproveitam-se de jovens incautos se colocando como única alternativa para um mundo mais justo. Esses, impulsionados pelo sofismo que avassala a inexperiência, reproduzem comportamentos interiorizados como revolucionários, mas acabam por agredir uma parcela da sociedade que devolve a atitude em oposição.

Dessa forma, é significativo exemplificar as bravas mulheres do passado como contraponto, que lutaram por direitos, como a possibilidade de votar reconhecida na década de 30, com a própria vida. Hoje, não raro, presenciamos líderes de movimentos feministas agredirem homens honestos e trabalhadores, seja por meio de jargões vazios ou acusações criminosas. Esse comportamento criminoso, frequetemente visto online, obviamente, acaba por prejudicar movimentos realmente bem intencionados.

É, por conseguinte, importante que o Judiciário puna partidos incitadores de delitos na rede mundial de computadores, bem como os praticantes de discursos de ódio, por meio da força da lei com penas exemplares, coibindo se travestirem de ativistas. Ademais, pais deveriam protagonizar o papel de mestre dos filhos, indicando, por meio de exemplos cotidianos com destaque às respectivas consequências, como reconhecer conteúdo verdadeiros na rede mundial de computadores. Assim, tem-se uma poupulação instruída e alerta sobre os perigos de se envolver com violência virtual, reduzindo-a a um passado distante.