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Agente etiológico da malária, o causador da doença
O agente etiológico da malária, ou o causador da doença, é o protozoário do gênero Plasmodium, que são transmitidos aos seres humanos por picadas de pernilongos.
Principais espécias de protozoários do gênero Plasmodium que causam malária:
- Plasmodium falciparum (causa febre terça maligna, no intervalo de 48 horas)
- Plasmodium vivax (causa febre terça benigna, no intervalo de 48 horas)
- Plasmodium malariae (causa febre quartã, no intervalo de 72 horas)
- Plasmodium ovale (somente na África)
Transmissão da malária, doença protista
A malária pode ser transmitida por diversos meios, pois o contágio é via sangue. Os principais meios de transmissão da malária são:
- transmissão da malária por meio do vetor: Anopheles darling
- contágio de malária por meio de transfusão de sangue
- a malária é transmitida, também, por meio de seringas contaminadas
- transmissão de malária através de acidentes de laboratório
Mosquito transmissor da malária
Assim como no caso da febre amarela, há uma certa confusão entre transmissor e causador. No caso desta, o macaco seria apenas um sentinela, que sofre primeiro a doença em outra forma, o que serviria para alertar os seres humanos sobre um eventual perigo de epidemia da doença que poderia aparecer em sua forma urbana, provavelmente devido a um surto de mosquitos transmissores por causa da morte de predadores destes.
Contudo, no caso da febre amarela, o macaco não é nem o transmissor, nem o causador, sendo esse o mosquisto e este o vírus em si. Já no caso da malária, esta não é um vírus, e sim um protozoário, que é transmitido por mosquitos do gênero Anopheles, da espécie, majoritariamente, darling. Este, pica pessoas infectadas e espalham a doença, sendo muito comum em regiões pobres, onde falta boa estrutura, escolaridade e as casas são mais abertas ao ambiente circundante.
É importante lembrar que, no caso da malária, o hospedeiro intermediário do protozoário do gênero Plasmodium, é um homem, já o mosquito é o hospedeiro definitivo, que abriga o causador da malária em sua forma adulta.
Ciclo da Malária
Ciclo biológico da malária no homem
Obs.: há um erro neste vídeo, no qual afirma que a forma equizonte da malária pode originar-se no ser humano, todavia é, na verdade, a forma gametócita a correta.
Quando o ser humano é picado, os esporozoítos da malária migram para o fígado, onde invadem os hepatócitos, as células deste. Lá, os esporozoítos se multiplicam assexuadamente, dando origem a centenas de formas diferentes, conhecidas como merozoítos. Após diversas divisões, estes rompem a membrana dos hepatócitos e caem na corrente sanguínea, onde invadem as hemáceas, também chamadas de heritrócitos, os glóbulos vermelhos do sangue, que ajudam na oxigenação do organismo.
Nas hemácias, o parasita inicia o período de desenvolvimento conhecido como intraeritrocítico, onde passam por alguns estágios de desenvolvimento são esses:
- trofozoíto para merozoíto jovem, ou anel (por causa de sua forma)
- depois disso o anel se diferencia em um trofozoíto maduro, neste perído, estes se nutrem bastante de hemoglobina, rica em ferro, que é um componente tóxico para o parasita. Por isto, este cristaliza-o, formando um composto chamado hemozoína, que será aprisionado em um vacúolo. A hemozoína da uma cor nas células infectadas, conhecida como pigmento malárico
- trofozoíto em gametócito, uma forma do plasmódio que está em divisão celular e irá originar novos merosoítos assexuadamente, que romperão a membrana da hemácia e cairão na corrente sanguínea, onde irão infectar novas hemácias, reiniciando a fase intraeritrocítica. O rompimento das hemácias causam a famosa febre da malária
No interior das hemácias, o trofozoíto da malária, quando no ser humano, não vira um esquizonte, mas um gametócito, forma responsável pela reprodução sexuada do parasita quando liberto no interior do mosquito. É por isso que se diz que o homem é o hospedeiro intermediária da malária e não o pernilongo, que é o hospedeiro definitivo da malária, pois o gametócito será sugado durante a picada do mosquito e originiará, neste, formas adultas, que efetuarão, enfim, a reprodução sexuada dando continuidade ao ciclo da malária.
Ciclo biológico da malária no interior da hemácia
Veja as formas da malária no interior da hemácia, onde os gametócitos destes protozoário Plasmodium são formados.
Ciclo biológico da malária no mosquito
O plasmódio é um parasita complexo, pois apresenta diferentes formas durante o seu ciclo biológico. Quando este surge no interior do mosquito Anopheles, logo após picar o homem, estará no formato de gametócitos, podendo ser microgametócitos ou macrogametócitos, representando o macho e a fêmea, respectivamente, que romperão as hemácias nas quais foram transportados e copularão, com o “micro” fecundando o “macro”.
Da fecundação, o zigoto origina o oocineto, que perfura o intestino do mosquito, formando um oocisto, local de desenvolvimento do parasita. Nesse momento, dentro do oocisto, iniciam-se várias divisões celulares e formas conhecidas como esporozoítos se desenvolvem no interior desse. Após romperem a membrana do oocisto, os esporozoítos iniciam uma migração através do corpo do inseto até chegarem nas glândulas salivares, onde ficarão alojadas.
Já com os esporozoítos da malária nas glândulas salivares do mosquito, este é, agora, um transmissor da doença, que ao picar um ser humano o infectará, injetando esporozoítos na corrente sanguínea deste, reiniciando o ciclo da malária.
Sintomas da malária
Poderíamos escrever um livro inteiro intitulado “malária: sintomas”, pois do ponto de vista biológico, há diversas etapas que ocorrem no corpo humano até gerar algum desconforto no paciente. Todavia, estes são os principais sintomas da malária:
- febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias)
- aumento do baço
- taquicardia
- dores de cabeça e musculares
- calafrios
- por vezes, delírios
Sintomas da malária menos comuns
- perturbações sensoriais
- desorientação
- convulsões
- vômitos
- dores de cabeça
- ligeira rigidez na nuca
- sonolência ou excitação
- paciente pode chegar a ficar em estado de coma como forma de proteção do corpo humano contra os sintomas que provocam dor e gastam demasiada energia para combate
Caso o paciente seja infectado pelo P. falciparum, há um chance de que esse desenvolva a malária cerebral, causa da morte de, mais ou menos, 80% dos casos letais da malária.
Diagnóstico da malária
Veja como é feito o diagnóstico da malária por meio da técnica do esfregaço sanguíneo. Após o diagnóstico da malária, se positivo, é necessário iniciar o tratamento imediatamente.
Tratamento da malária, doença causada por protozoário
Primaquina e Cloroquinina são os remédios para malária mais usados. As doses dessa combinação varia de acordo com a idade e o peso do paciente infectado. A indicação é para que os tomem todos os dias, num período de 3 a 14 dias, mas pode segundo a indicação médica. Contudo, ele podem apresentar alguns efeitos colaterais, como dor de cabé, falta de apetite e mal estar. Neste momento, é importante aguentar o desconforto e dar continuidade ao tratamento, com o remédio para malária indicado, conforme instruído pelo profissional competente.
Há um novo medicamento para malária que promete facilitar o tratamento da doença, a Tagenoquina, que promete sanar a enfermidade mais rapidamente com apenas um comprimido.
Prevenção da malária
Profilaxia da malária do ponto de vista econômico
- cobrar impostos de forma eficiente e eficaz, que possibilitem o investimento público sem comprometer o emprego gerado pelo privado
- não centralizar a gestão financeira com repasses ao governo federal, o que possibilta maior investimento local e previne corrupção, pois o dinheiro “passa por menos mãos”
Profilaxia da malária do ponto de vista residencial e municipal
- cercar portas e janelas com telas, para evitar a entrada do mosquito transmissor da malária
- combater os focos de reprodução dos mosquitos transmissores da malária (evitar deixar água empossada)
- matar o mosquito transmissor do protozoário causador da malária
A Malária e a anemia falciforme
Nas hemoglobinas normais, o protozoário causador da malária consegue lidar melhor com o ferro, substância tóxica a esse. Todavia, em pessoas com anemia faciforme, que possuem hemoglobinas em formas de foice, o protozoário não consegue cristalizar o ferro devidamente e acaba morrendo. Por isso, as pessoas com anemia faciforme, em certos países da África onde a doença é endêmica, possuem maior chance de vida que outros indivíduos, sendo, assim, selecionadas pela natureza com os mais aptos, tornando-se em maior número do que pessoas com hemoglobinas normais, o que confirma a teoria da evolução de Darwin.
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