A independência do Brasil e o Primeiro Reinado
O primeiro reinado se inicia quando o Brasil se torna independente de portugal, em 7 de setembro de 1822. No dia 12 de outubro do mesmo ano, Pedro de Alcântara, foi aclamado primeiro imperador do Brasil, com o título de Dom Pedro I, sendo coroado em primeiro de dezembro de 1822. Neste momento, a situação política do Brasil estava dividida em dois grupos, o partido português, que articulava a recolonização do Brasil e o partido prasileiro, que se subdividia em dois grupos, os conservadores, que defendiam uma monarquia fortemente centralizada e os liberais, que defendiam um monarquia onde os poderes do rei fossem limitados.
Assembléia constituinte e a constituição de 1824
Depois de instaurada a independência do Brasil, fazia-se necessária uma nova constituição, por isso a assembléia constituinte foi reunida, em 1823, mas ao sentir-se contrariado na sua sede de poder absoluto, Dom Pedro primeiro, para saciar-se dessa, prendeu, inclusive, aliados outrora muito queridos, como José Bonifácio, peça chave que o ajudou, a manter-se no trono durante o processo de independência do Brasil e decidiu fazer a constituição imperial com a assembléia constituinte dissoluta, ou seja, sem respeitar a vontade da maioria.
Na constituição de 1824, feita autoritariamente por Dom Pedro 1º, no artigo terceiro, o Brasil ficou definido como uma monarquia hereditária e constitucional. Ou seja, o imperador, que deveria governar de acordo com a constituição, passaria o trono e seu filho mais velho e representaria o chefe do governo, ou seja, ele era o representante do poder executivo. Mas além disso, o imperador tinha outro tipo de poder, o chamado poder moderador.
O poder moderador, ou quarto poder
Essa era uma ideia do pensador francês Benjamim Constant. Os livros desse pensador serviram de justificativa intelectual para que Dom Pedro I mantive-se uma autoridade centralizadora, já que o poder moderador colocava-se acima do judiciário, legislativo e executivo.
A Confederação do Equador
Causas da Confederação do Equador
A Confederação do Equador, um conflito político de caráter liberal, surgiu por causa do descontetamento com a centralização política e econômica imposta por Dom Pedro primeiro, por meio da constituição de 1824 e com a influência portuguesa que se mantinha presente, mesmo após a independência brasileira. O estopim desse conflito foi quando a elite de Pernambuco, que havia escolhido Manuel Carvalho Paes de Andrade como governador da província, foi contrariada por Dom Pedro I, que o removeu do cargo para colocar outro de sua confiança, fazendo uso, mais uma vez, do poder moderador.
Fancisco Paes Barreto, o novo governador colocado lá por Dom Pedro I, não agradou aos pernambucanos, que iniciaram o movimento conhecido como Confederação do Equador, que teve caráter emancipacionista e republicano; possuía este nome porque era perto da linha imaginária do Equador, que divide o globo em dois pela latitude zero. A revolta teve inicio em Pernambuco mas espalhou-se rapidamente em outras províncias da região.
Em Pernambuco, o centro da revolta, o movimento teve participação das camadas urbanas, elites regionais e intelectuais. A grande participação popular foi um dos principais diferenciais deste movimento.
Províncias revoltosas na Confederação do Equador
- Pernambuco
- Ceará
- Rio Grande do Norte
- Paraíba
Repressão à Confederação do Equador
A repressão à Confederação do Equador foi violenta e seus principais líderes, Frei Caneca e Padre Mororó, condenados à morte. Outros, como o jornalista Cipriano Barata foi condenado à prisão.
A Guerra da Cisplatina
Outra batalha que Dom Pedro I travou foi contra a Argentina, na Guerra da Cisplatina, antiga província de Sacramento fundada por Portugal, mas na qual, pelo fato de muitos espanhóis a escolherem como morada, acabou mudando de mãos.
A vinda da família real ao Brasil
A chegada da família real ao Brasil foi marcada por diversas mudanças no território, uma delas foi a retomada da região conhecida, na época, como Cisplatina. Dom João VI decidiu retormar esta área, segundo alguns historiadores, como forma de se proteger de um eventual ataque francês por Napoleão. Todavia, devido ao grande litoral do país, muitos outros historiadores apontam a recolonização da Cisplatina, por Portugal, como um ato de guerra, já que, agora, a Espanha pertencia à França e este era um jeito fácil de espezinhar Napoleão, embora seja deste de quem o pai de Dom Pedro I fugiu.
Mas o fato é que, antes de incomodar os franceses, o que Dom João VI consegiu foi, na verdade, um problema tardio para o filho, já que a Argentina sentiu-se incomodada de ver uma terra ao seu lado, de falantes do mesmo idioma, ser vítima de um, digamos assim, ataque imperial. Portanto, ela reasolveu lutar a favor de alguns rebeldes locais. Dom Pedro I, que depois da volta de seu pai a Portugal, devido a Revolta do Porto, encontrava-se enfraquecido politicamente e achou que uma guerra lhe cairia bem.
Contudo, o Brasil estava mal financeiramente e a se estender bastante, já durava três anos. A Inglaterra ciente da situação, e desejosa de defender o pagamento do empréstimo feito ao Brasil para pagar a Portugal pela independência, organizou um encontro diplomático, apoiado pela França, entre Brasil e Argentina.
A origem do Uruguai
Neste encontro foi proposto uma espécie de empate técnico, entre Brasil e Argentina, para a Guerra da Cisplatina. No qual ambos os países reconheceriam a origem de Uruguai como uma terceira nação, que seria batizada de República Oriental do Uruguai. A ideia foi bem aceita, visto que os dois recentes países tinham muitos problemas internos e não podiam continuar com os gastos numa guerra inerminável. Assim no ano de 1828.