Este post pretende ser uma completa pesquisa sobre JK, abrangendo diversos períodos históricos e marcando visões sobre esse que é um dos presidentes mais famosos do Brasil. Nos vídeos a seguir, você verá tanto entendimentos acerca da biografia JK que representam o senso comum, cobrado como um dos conteúdos que mais caem no ENEM de história, quanto críticas que o colocam como o que, na verdade, sempre foi: um intervencionista que lutou para manter a Petrobrás como um monopólio estatal e aumentou o poder desta assustadoramente; polílita que transformou os brasileiros ainda mais dependentes do governo.
De Getúlio Vargas à Juscelino Kubitschek
Quem foi Juscelino Kubitschek
Veja uma entrevista feita durante o governo de Juscelino Kubitschek, onde ele rebate críticas sobre a consutrução de Brasília e fala um pouco sobre outras características de seu governo, como a estratégia que ficou conhecida como plano de metas de JK. Nesta entrevista fica clara a visão de JK que tem o governo como principal protagosnista do desenvolvimento econômico e social da nação.
Getúlio versus lacerda = trabalhismo versos UDENISMO
Getúlio Vargas seria o representante do proletariado, por ter sido em seu governo em que grande parte dos direitos trablhistas ainda vigentes foram aprovados. Entretanto, esta já era uma tendência mundial e foi, sim, uma vitória de anos de luta do povo, e não uma conceção da benevolência de um político, como Vargas propagandeava, se dizendo o “pai do pobres”.
Carlos Lacerda, por outro lado, já era conhecido, no contexto da época, como um direitista inimigo de Getúlio. Esse sofreu um atentado na rua dos Toneleros encabeçado pelo chefe de segurança pessoal do então presidente, esse fato foi o responsável pelo aumento da pressão do exército sobre Getúlio e culminou no suicídio deste.
Apesar de, ao final da Era Vargas, este ser mais conhecido como esquerdista que direitista, na verdade, o auto-denominado “pau dos pobres” iniciou a carreira política num partido considerado de direita, ao lado de Calos Lacerda. Além disso, também pautou toda sua vida política fazendo pose de perseguição aos comunistas, mas nomeou João Goulart como ministro do trabalho durante o período democrático, pós ditadura. Esse ministro foi o responsável por uma das maiores crises inflacionárias num curto período de tempo que o país já viveu, pois, irresponsavelmente, deu um aumento de 100% a todos os trabalhadores da nação. Este, talvez, seja o fato que explique a ascenção do opositor de Getúlio após a sua morte, Juscelino Kubitschek.
O governo JK foi a favor do livre mercado?
É impressionante o fato de muitos historiadores defenderem o fato de a opção pelas rodovias estarem ligadas aos interesses estrangeiros apenas, quando na verdade, o maior beneficiário deste modelo desenvolvimentista era o próprio estado brasileiro, que detinha o monopólio da extração, produção e distribuição de combustível.
Talvez pelo fato de a Era Vargas possui um modelo de desenvolvimento nacionalista, a imagem de JK, que veio depois, esteja muito ligada a de um libertário. Todavia, apesar de ter aberto o mercado brasileiro a grandes montadoras estrangeiras, esta abertura foi só para algumas, que logo trataram de formar um cartel e bem remunerar os políticos que mantivessem tal quadro, o que explica os altos preços até hoje pagos em automóveis, contrastando com mercado realmente liberais.
Um real seguidor de Adam Smith, autor pai da teoria do livre mercado, abriria estradas no país, abriria o mercado a, não só apenas algumas montadoras mas todas, e também não deixaria o consumidor preso a um só fornecedor de combustível, no caso, à PETROBRAS. JK, foi portanto, um dos maiores responsáveis pelo monopólio do governo em nossas vidas, pois ao investir nas rodovias e dar início ao sucateamento das ferrovias, nos deixou ainda mais dependentes do governo.
História da PETROBRAS e o governo JK
Veja como a PETROBRAS, na realidade, não foi fundada por Getúlio Vargas, mas, sim, estatizada em seu nascedouro. Fato que se perpetuou e teve seu monopólio agravado durante o governo JK.
O Governo de Juscelino Kubitschek
JK: A História do Populismo no Brasil
O populismo, no contexto da época de JK, pode ser definido como uma política que procurava conciliar interesses de diversos grupos grupos sociais, inclusive o dos trabalhadores pobres, em torno de políticos carismáticos. Estes, adotavam elaboradas estratégias para conquistar o voto e a simpatia de milhões de brasileiros.
Outra característica atribuída ao populismo é o descontrole dos gastos públicos por parte dos governantes que queriam cumprir as promessas e os compromissos com quem os elegeu, gerando gastos exorbitantes não sustentáveis que acabariam por gerar inflação. No caso do governo JK, esta chegou a bater em algo em torno de 20% ao ano.
Era JK e a construção de Brasília
Talvez o maior absurdo feito durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, seja a construção de brasília. E o mais engraçado, porque no Brasil a gente ri pra não chorar, seja o fato de que a maioria dos historiadores propagandeam a contrução da nova capital brasileira como uma coisa boa.
O presidente JK, tido como o presidente mais liberal do país, escolheu um arquiteto comunista, Oscar Niemeyer, para desenhar os principais prédios da cidade, baseando-os na arquitetura da URSS, e retirando, de vez, os políticos de perto dos cidadãos que estes governavam, supostamente, para.
Documentários e entrevistas sobre a história da contrução de Brasília
Historiadores brasileiros privilegiam visão positivista sobre JK
Veja como a babação de ovo aos políticos brasileiros é generalizada, ela vai desde JK à Jango, que seria seu expoente a esquerda. Os historiadores do país, em sua grande maioria, enxergam a história sendo feita apenas por políticos. Talvez isso, somado ao fato de o maior empregador do professor de história ser o próprio governo, explique o fato de nossos historiadores serem tão positivistas (visão de mundo pautada em dados oficiais do próprio governo).
O desconhecimento do historiador responsável por este vídeo é tão raso que há erros grotescos, como o que afirma que JK foi médico e formado em Belo Horizonte. Na verdade ele foi dentista e formado em Diamantina, onde estudou com meu Tio Avô, requisitado depois de muitos anos para trabalhar de dentista em Brasília mas recusou, cordialmente, em carta, onde escreve prefetir Caratinga.