Temas de Redação ENEM: “Superbactérias: reflexo da automedicação?”

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Superbactérias: reflexo da automedicação?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O termo superbactéria vem sendo cunhado nos últimos cinco a dez anos, de acordo com o infectologista Carlos Kiffer, pesquisador do Laboratório Especial de Microbiologia Clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A resistência das superbactérias, como explica o especialista, é resultado do uso indiscriminado de antibióticos, não apenas por humanos.

— Temos o uso de antibióticos na agricultura e na pecuária, portanto é uma conjunção de fatores. Claro, o abuso pela população é o principal fator — explicou Kiffer.

Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/superbacterias-podem-matar-ate-10-milhoes-de-pessoas-partir-de-205016163813#ixzz4WFzgOzrD

TEXTO II

Só em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, registrou quase 10 mil casos de bactérias resistentes a remédios nas UTIs do país. Já foram encontradas aqui todas as bactérias que constam de um alerta da Organização Mundial da Saúde: elas provocam de pneumonia e diarreia até a gonorreia, uma doença sexualmente transmissível. A OMS afirma que o uso indiscriminado de antibióticos pode levar a um retrocesso.

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/05/uso-indiscriminado-de-antibioticos-contribui-para-superbacterias.html

TEXTO III

Temas de Redação ENEM: Antibióticos

(RTP/Organização Mundial da Saúde)

TEXTO IV

Texto para análise

No século XX, o biólogo inglês Alexander Fleming encontrou, por acaso, a penicilina, um antibiótico para deter bactérias causadoras de doenças. Apesar dessa descoberta ter sido um grande avanço na área científica, algumas bactérias estão sendo chamadas de superbactérias pelo fato de resistirem aos antibióticos. Tal fenômeno possui como possível razão o uso inadequado de antibióticos, ocasionando limitações nas formas de tratamento para bacterioses.

De acordo com a médica Maria Rita, professora da USP, quando uma pessoa utiliza incorretamente antibióticos, pelo processo de mutação gênica as bactérias adquirem resistência ao medicamento, garantindo essa mesma resistência às próximas gerações de bactérias. Ainda, conforme a profissional, esse evento biológico praticamente impossibilita a cura de uma doença causada por determinada superbactéria. Dessa forma, é possível perceber que a automedicação é algo extremamente prejudicial não só ao enfermo, que faz uso da medicação, mas também ao resto da comunidade, já que a prática do medicar por conta própria contribui para a resistência do microrganismo e, consequentemente, sua difícil eliminação.

Assim, é importante providenciar algumas medidas para atenuar a automedicação, como por exemplo, cartilhas educativas.

Segundo a ANVISA, no ano de 2012, foram contabilizados aproximadamente dez mil casos de bactérias resistentes a remédios em UTIs brasileiras. Essa informação mostra como a resistência das bactérias ao remédio é alarmante e causa problemas em toda sociedade, sendo necessário algumas medidas para atenuar esse fato.

Em síntese, algumas ações são imprescindíveis para diminuir os impactos da automedicação na proliferação de superbactérias. Dentre elas, os cursos de saúde deverão aprofundar sobre os antibióticos, quando necessário. Ademais, o governo deverá aumentar, por meio de cartilhas, a conscientização.

Apesar de ser normal a mutação genética em qualquer ser vivo, fortalecendo-o contra males que antes lhes eram mortais, como os antibióticos para as bactérias. Quando esses são usados em excesso acabam por selecionar as mais resistentes, tornando-as superbactérias. O problema é preocupante e ocorre, principalmente, pela automedicação e interrupção adiantada do tratamento, o que cabe análise das trativas e possível solução da problemática.

Segundo médicos experientes, como Oswaldo Cruz, é comum que leigos pensem que quando os sintomas melhoram a enfermidade já está curada, o que os faz pensar que podem interromper o tratamento. Todavia, tal comportamento pode fazer com que apenas as superbactérias sobrevivam no organismo e em quantidade suficiente para voltarem a causar os sintomas, que, dessa vez, não terão mais como serem combatidos com os mesmos remédios de antes.

Outrossim, desde que foi inventado o primeiro antibiótico, devido aos conceitos Darwinianos já conhecidos, espera-se que um dia haveria apenas seres insensíveis a esse. Contudo, não se imaginava que esse dia chegaria tão cedo, pois a taxa de seleção natural usual não levava em conta a quantidade de pessoas se automedicando, muitas vezes, de forma irregular e sem necessidade.

É, por conseguinte, importante que o Ministério da Saúde publicite nas redes sociais sobre os riscos da automedicação para a sociedade e para a saúde do próprio paciente, além de aumentar a fiscalização contra a venda sem receita médica em farmácias, para que o fortalecimento de mazelas seja coibido. Ademais, médicos devem alertar, de forma bem clara, o paciente sobre os perigos que este corre caso venha a interromper precipitadamente o tratamento, para que o enfermo não se imponha à lastimável situação. Assim, tem-se menos chance de se criar mazelas que não sejam capazes de serem combatidas com as “armas” atuais.

1º parágrafo:

  1. o que é superbactéria e 2 problemáticas

2 problemáticas:

  1. automedicação por ignorância e falta de fiscalização nas farmácias
  2. interrupção antecipada do tratamento

2 soluções:

  1. campanhas governamentais pelo Ministério da Saúde acerca dos problemas acarretados pela automedicação
  2. aumento da fiscalização pelos órgãos competentes municipais, de forma a abranger todo o território nacional com sustentabilidade nos gastos incorridos

Segundo o conceito de seleção natural Darwiniano, é óbvio que um dia sobrará somente bactérias resistentes à penicilina, primeiro antibiótico descoberto. Por isso, desde então se estuda concorrentes a este. Todavia, não se esperava que a insensibilidade ocorresse tão cedo, pois o fenômeno tem sido intensificado devido à automedicação, que incorre no uso errôneo e irregular de remédios, paradoxalmente transformando-os em armas biológicas, o que cabe análise das trataivas e possível solução da problemática.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, milhões de pessoas se automedicam todos os anos. Esse comportamento inconsequente se deve ao fato de ser, em muitos países, dispendioso, em relação à renda per capta média, ir ao médico para obter uma receita. Por isso, muitos enfermos acabam utilizando antibióticos quando, na verdade, seria necessário um anti-inflamatório por exemplo.

Além da escolha por medicamentos errados, outro fator que corrobora para o crescimento das superbactérias é o fato de muitos leigos pensarem poder interromper a terapia proposta assim que apresentam uma melhora, o que é um erro. O protocolo terapêutivo padrão, estabelecido por Oswaldo Cruz, visa, justamente, impedir que bactérias naturalmente resistentes à certa dosagem do fármaco sobrevivam em volume suficiente para reativar a doença.

É, por conseguinte, importante que o Ministério da Saúde publicite em mídias de massa sobre os riscos da automedicação e fortaleça a fiscalização contra a venda sem receita médicas nas farmácias, por meio dos órgãos municipais com profissionais qualificados, para que não se fortaleçam enfermidades. Ademais, médicos devem, mediante cartilha instrutiva, com muita ênfase, alertar sobre os perigos de se interromper precipitamente o uso de medicações orientadas. Dessa maneira, protege-se o paciente e a sociedade de um surto pandêmico de mazelas já controladas.

1º parágrafo:

  1. o que é superbactéria e 2 problemáticas

2 problemáticas:

  1. automedicação por ignorância e falta de fiscalização nas farmácias
  2. interrupção antecipada do tratamento

2 soluções:

  1. campanhas governamentais pelo Ministério da Saúde acerca dos problemas acarretados pela automedicação
  2. aumento da fiscalização pelos órgãos competentes municipais, de forma a abranger todo o território nacional com sustentabilidade nos gastos incorridos

Apesar de a descoberta da penicilina ter sido comemorada mundialmente, a pesquisa por antibióticos concorrentes permanece em alta. Esse comportamento se explica devido ao conceito de seleção natural Dawiniano, mas não se esperava que as bactérias resistentes aos novos fármacos se sobressaíssem tão cedo, fato explicado pelo uso irregular de medicamentos, transformado-os, paradoxalmente, em armas biológicas, o que cabe análise das trativas e possível solução da problemática.

Muitas pessoas, segundo pesquisa da Folha de São Paulo, preferem se automedicar por considerar dispendioso ir ao médico para conseguir uma receita que pensam ser a necessidade real para a cura da enfermidade que atravessam. Todavia, essa questionável prática acaba por incutir, não rara as vezes, na escolha por remédios errados, o que intensifica a taxa de sucesso reprodutivo das superbactérias, insensíveis às terapias tradicionais.

Outro fator, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que corrobora para a pandemia de mazelas insensíveis a substâncias outrora curativas é a interrupção antecipada do protocolo terapêutico proposto pelos médicos por pacientes incautos, o que privilegia a sobrevivência dos germes que necessitaria de uma dose maior para findá-los.

É, por conseguinte, importante que o Legislativo, remova as altas cargas tributárias sobre médicos, faculdades e medicamentos, mediante votação na câmara com ampla maioria, de forma a facilitar a concorrência e reduzir os custos relacionados à saúde, facilitando o acesso dos mais pobres. Ademais, o Ministério da Saúde deveria publicitar em mídias de massa, por meio de verba destinada pelo Executivo com destino detalhado, sobre a importânia de se respeitar o tempo da intervenção medicamentosa proposta pelos médicos, conscientizando-os do risco da utilização errônea. Assim, tem-se uma sociedade mais justa e saudável, mais forte contra as superbactérias.

1º parágrafo:

  1. explicação sobre seleção natural e apresentação do problea

2 problemáticas:

  1. preço da consulta médica
  2. desrespeito aos prazos terapêuticos

2 soluções:

  1. dinamizar a economia removendo impostos e incentivando a concorrência
  2. conscientizar a população sobre os riscos envolvendo a interrupção precipitada de um tratamento