Plano de Metas de JK – Juscelino Kubitschek 50 anos em 5

O plano de metas de Juscelino Kubitschek

Período JK: 50 anos em 5

Para a UDN, partido encabeçado por Carlos Lacerda, pivô da queda de Getúlio Vargas, presidente que, supostamente, teria atentado pela vida desse, via tanto em Jango quanto em JK a continuação da Era Vargas. Portanto, era sabido que a oposição a JK, eleito pela aliança PSD-PTB, seria ferrenha.

Numa carreira meteórica, em que a grande velocidade era comparada apenas à quantidade de inimigos políticos, JK viu-se sem saída se não conquistar o apoio popular, única ferramenta que o manteria no poder. Para isso, era preciso ousar, daí a escolha do do lema do plano de metas de JK: 50 anos em 5.

O plano de metas de Juscelino Kubitschek propunha 30 tópicos a serem trabalhados. Entretanto, depois foi acrescentado mais um objetivo no programa de metas de JK: a construção de Brasília, que foi propagandeada como o grande salto à modernidade, mas que, por muitos, foi vista como uma fuga dos políticos do Rio de Janeiro, antiga capital, o que hoje, faz muito sentido.

Todo o governo JK foi baseado em estudos, da década de 1940 e 50, feito por variadas missões econômicas. O principal quadro em que a JK se baseava, seria no diagnóstico elaborado, ainda na Era Vargas, pela Comissão Mista Brasil-EUA durante os anos de 195-1953. Talvez seja esse um dos pontos que fazia Carlos Lacerda se incomodar tanto com JK. Todavia, qualquer um que viesse depois, obviamente, pautaria seu governo em dados colhidos no passo, que, querendo ou não, seria feito por equipes de governo antecessores.

Tanto a conclusão da Comissão Mista, como a do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e a da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), apontavam gargalos estruturais relacionados à produção e escoamento dos produtos da industria nacional como os principais entravase ao desenvolvimento econômico e era nisso que o plano de metas de JK se pautava, em resolver estes problemas. Vendo-os como em uma cadeia, representando elos de extrema importância para o bom funcionamento de um sistema como um todo.

Quem foi Juscelino Kubitschek, o presidente

  • conciliador
  • construtor de grandes obras
  • carreira política meteórica
  • eleito presidente em 1955

A política econômica de JK

  • Nacional-desenvolvimentismo
  • “50 anos em 5”
  • Plano SALTE, criado por Eurico Gaspar Dutra, logo antes do seundo governo de Vargas, no qual o plano de metas de JK se inspirava
    • Saúde
      Alimentação
      Transporte
      Energia
  • Incentivos ao capital estrangeiro
  • Indústria automobilísticas
  • Grandes obras públicas
Balanço do governo JK
Pontos positivos da Era JK
  • Aumento do parque industrial no Brasil
  • Geração de empregos
Pontos negativos da Era JK
  • Êxodo rural que provocou crescimento urbano desordenado por ter sido feito sem planejamento
  • Aumento da inflação e da dívida externa

Documentário sobre Juscelino Kubitschek e seu governo

Segue um documentário sobre JK narrado por Fernando Henrique Cardoso (FHC) que, como não podia deixar de ser, é uma babação de ovo só. Pois políticos da casta, os que representam a era antes da internet, estão sempre dispostos a falar bem sobre eles mesmos.

O Brasil do Plano de Metas ao Plano Real

Após o governo de JK, Jânio Quadros e Ranieri Mazzilli foram os presidentes subsequentes, mas que ficaram no poder apenas 206 e 13 dias respectivamente. Daí, João Goulart foi eleito.

Celso Furtado foi ministro de planejamento de João Goulart. Esse elaborou o plano trienal de metas, que se propunha diminuir a inflação de 50% ao ano, deixado por JK, para 25%. Para tanto, se propunha a fazer cortes nos custos do governo e limitar o aumento do salário mínimo, o que não agradava a esquerda, base de sustentação do governo de Jango, composta por Leonel Brizola e Carlos Prestes. Portanto, o plano foi logo colocado a escanteio e o ministro Celso Furtado demitido. Logo depois, a ditadura militar deu um golpe e implantou a conhecida autocracia.

Então, ao término da ditadura, o presidente Tancredo Neves foi eleito, mas morreu logo antes de pegar a faixa. Sarney era seu sucessor e subiu ao poder. Depois, Collor foi eleito, deposto, Itamar foi interino e implantou o plano real, na figura de FHC como ministro da fazenda. Todavia, é sabido que o real pai do plano real é Gustavo Franco, que em 2017 veio compor o Partido Novo, que em 2018 apresentou Amoêdo como candidato a presidente.