O periodo colonial 1500 a 1822, vai até a declaração da independência, quando em 1822, Dom Pedro I, pressionado por camadas nacionalistas, viu-se obrigado a decretar o início de um governo brasileiro.
Administração colonial
Em 1534 criou-se 14 capitanias hereditárias, para 15 beneficiários. Destes, 12, ligavam-se, diretamente, à pequena nobreza de Portugal. O sistema de donatários, que combinava estruturas feudais e capitalistas, já havia sido testado, com sucesso, nas ilhas da Madeira e dos Açores. Também foi utilizado com menor êxito no arquipélago de Cabo Verde e, durante curto espaço de tempo (1575), em Angola.
O sistema de capitanias, foi inicialmente implantado no Brasil com a doação, à Fernão de Noronha, da Ilha de São João (atual ilha de Fernando de Noronha), por Carta Régia de Dom Manuel I (r. 1495–1521) datada de 16 de fevereiro de 1504.
As capitanias hereditárias se constituíam a base da administração colonial do território brasileiro pelos portugueses, através da qual, a Coroa Lusitana, com recursos limitados, delegou a tarefas em determinadas áreas.
O donatário não era dono da capitania, mas deveria fomentar o desenvolvimento do terrano que estava sob sua tutela com recursos próprios, responsabilizando-se por sua:
- proteção
- desenvolvimento
- gestão e controle
Juridicamente, se estruturava o controle da capitania através de dois documentos:
- Carta de Doação
- Carta Foral
A economia colonial
Exploração do pau Brasil na Colonização Portuguesa
A economia colonial iniciou-se já nos primeiros dias em que os portugueses, chefiados por Martin Afonso de Souza, chegaram para fundar o que viria a ser a primeira cidade do país, São Vicente, no litoral paulista. Naquela época, os colonizadores, basicamente trocavam utensilios com os índios em troca de pau Brasil, atitude conhecida como escambo, madeira muito valorizada na Europa para a produção da tintura vermelha.
A produção de cana-de-açúcar no Brasil colonial
Nos duzentos primeiros anos da Colonização Brasileira, a cana-de-açúcar era, basicamente, a principal atividade econômica vigente:
- implementada como um modelo de desenvolvimento agropastoril,
- fundamentada no sistema de plantation (cultivo de monoculturaslatifundiárias),
- desenvolvida, sobretudo, no Nordeste.
A razão da popularidade da cana-de-açúcar, como impuslsionadora da economia colonial, era devido ao fato de que, ao contrário dos espanhóis, que encontraram com maior facilidade outras fontes de riqueza, como metais preciosos, em suas colônias americanas, no Brasil, a obtenção de lucros com pedras e metais precisos só ocorreu no século XVIII, via prospecção, no interior do território.
Economia colonial de mineração
O desenvolvimento da economia colonial de mineração, no Brasil, deu-se somente após o desbravamento do interior territorial, por um grupo representativo do movimento que ficou conhecido como Entradas e Bandeiras. Este impulso consistia em expedições armadas que saíam da Capitania de São Paulo rumo ao sertão, visando apresar índios, destruir quilombos e encontrar metais preciosos.
No ano de 1696, uma dessas expedições encontrou ouro nas regiões montanhosas de Minas Gerais, onde teve início a ocupação do Vale do Ouro Preto, que veio a ser uma das capitais do país devido à grande do ouro na economia colonial para Portugal.
Quais as caracteristicas da sociedade mineradora
Em Minas Gerais, a exploração do ouro acarretou em uma massiva migração de portugueses e colonos no século XVII. Em torno de 30 a 50 mil indivíduos partiram rumo às minas, procurando se enriquecer.
A densidade populacional em Minas Gerais aumentou largamente e cresceria ainda mais com a chegada dos escravos que, responsabilizados pelo trabalho braçal, iriam compor a base da pirâmide na sociedade mineradora.
Escravidão no Brasil Colônia
Na fase de mudança da era pré-colonial para a época das capitanias hereditárias e do Governo-geral, houve uma notória transformação nas relações de trabalho no Brasil Colônia: o trabalho escravo foi imposto.
A utilização da mão de obra escrava, no início, deu-se por meio da exploração indígena, todavia, progressivamente, a utilização do africano passou a ser hegemônica, provavelmente, em função dos grandes lucros deste mercado para a coroa portuguesa.