Tema: Gestão de resíduos na sociedade brasileira
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Gestão de resíduos na sociedade brasileira, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Disponível em:<http://planetasustentavel.abril.com.br/infograficos/nationalviagemdolixo.swf> Acesso em 21 jun. 2016
TEXTO II
Lidar com o lixo e estimular práticas sustentáveis ainda é um desafio para os governos estaduais no Brasil. A pesquisa Perfil dos Estados Brasileiros-Estadic 2013, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mapeou as ações de meio ambiente em curso nas unidades da federação ao longo de 2013, e encontrou, na maior parte dos Estados, limitações nesses quesitos. A maior parte dos programas e ações diz respeito a gestão de recursos florestais e hídricos, enquanto práticas de gestão de resíduos têm alcance limitado.
A área ambiental recebe em média 2,24% dos orçamentos nos Estados. A maioria das unidades da federação têm ações dedicadas à preservação da biodiversidade, monitoramento de mudanças climáticas e qualidade do ar e controle de recursos florestais. Menos de metade dos governos (44,4%), no entanto, têm programas de coleta seletiva de lixo e ações de logística reversa para reciclagem (37%). A pesquisa destaca a necessidade de ampliação de ações nesse sentido com o término do prazo determinado pela regulamentação da Polícia Nacional de Resíduos Sólidos. De acordo com a Lei 12.305, até 2015 o país deve atingir índice de reciclagem de 20% do total de resíduos.
Disponível em:<http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/estadic2013ibgegestaodolixoaindaeumdesafionamaioriadosestadosbrasileiros> Acesso em 21 jun. 2016
TEXTO III
A quantidade de lixo eletrônico produzido pela nossa sociedade não para de crescer. Atualmente, geramos cerca de 50 milhões de toneladas e, levando em conta o crescente desenvolvimento do setor de tecnologia da informação, a tendência é aumentarmos a produção de lixo eletrônico.
O dado é de uma pesquisa da Dell – maior empresa de distribuição de computadores dos Estados Unidos –, que preocupou as grandes companhias de TI, ao divulgar que a reciclagem dos aparelhos eletrônicos não acompanha a demanda da produção desse tipo de lixo. De acordo com o estudo, apenas 10% dos computadores de todo o mundo são destinados a reciclagem.
Disponível em:<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_475948.shtml> Acesso em 21 jun. 2016
TEXTO IV
Disponível em:<http://educomunicaoambiental.blogspot.com.br/2011/10/sustentabilidadeeos5rs.html> Acesso em 21 jun. 2016
Texto para análise
Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, com o avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. No século XXI, a preocupação com a gestão de resíduos na sociedade brasileira, necessária para a melhoria da saúde pública, reflete essa realidade.
Com o advento do capitalismo, aliado, posteriormente, à globalização, a sociedade pós-moderna adquiriu características peculiares, como o consumo em excesso e irresponsável, a respeito do descarte irregular do lixo, notamos isso através das mídias e dos livros de sociologia. A falta ou a má gestão de resíduos no nosso país é fruto da ideia de que, pela extensão a qual Terra possui, o planeta é capaz de abrigar todo lixo produzido. Sendo assim, é preciso reeducar as pessoas em relação à sustentabilidade.
Como bem ilustrou um dos maiores físicos que já existiu, Isaac Newton, toda ação gera uma reação de mesma intensidade. No contexto do tema apresentado, a ação antrópica provoca reações que trazem consigo problemas aos seres humanos e ao ecossistema. A nós, a principal consequência gerada pela ausência da gestão do lixo, segundo o Ministério do Meio Ambiente, são as enchentes, que são causadas, na maioria das vezes, pelo entupimento de bueiros por sacolas plásticas e produtos industriais. O descarte irresponsável de metais pesados, por exemplo, leva peixes à morte.
A fim de atenuar o problema, o Ministério da Educação deve alterar a grade curricular dos alunos do ensino fundamental e médio, criando uma nova disciplina que aborde as questões relacionadas à sustentabilidade e à coleta seletiva, necessárias ao avanço. Além disso, o Governo Federal deve, aliado as Organizações não Governamentais (ONG´s), ligadas ao meio ambiente, aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras de televisão, como forma de estímulo à redução da falta de controle ao direcionamento dos resíduos.
Análise de redação: Lixo e meio ambiente
Por atos responsáveis
Segundo o IBGE, pelo menos, metade da população brasileira não conta com coleta de esgoto. Ademais, resíduos industriais, conforme atesta a tragédia de Mariana, na qual milhões de metros cúbicos de lama tóxica foram desepejados no Rio Doce, matando fauna e flora, parecem, também, não ter destino seguro no Brasil, o que é lamentável.
Nesse viés, diversas doenças podem se espalhar por meio da falta de saneamento básico, notoriamente a “Taenia solium”, conhecida como Solitária. Este verme é capaz de entrar no corpo humano e provocar problemas de saude gravíssimos mediante ovos que saem nas fezes de indivíduos contaminados e se instalam nos alimentos, como carne de boi e porco; um quadro é aterorizante causado por falta de higiene social.
Ademais, há, no país, leis revoltantes que permitem lançamento de substâncias, prejudiciais ao ambiente, em rios, desde que não ultrapassem certos limites. Essa postura questionável, baseia-se na tese de que compostos diluídos em grandes quantidades de água não acarretariam problemas. Contudo, essa bobagem é completamente refutada por especialistas que citam a seca, que aumenta a concentração dos venenos, como contraponto ao irresponsável comportamento.
É, por conseuinte, importante que o Executivo invista mais em saneamento básico por meio de parceria com governos municipais para tratar detritos residenciais. Outrossim, o Legislativo, pressionado por reivindicações populares, deveria obrigar, por lei, grandes empresas a descontaminarem, completamente, subprodutos antes de os lançarem à natureza. Desse modo, tem-se uma gestão sustentável dos impactos humanos no território e respeito às outras espécies.
De acordo com o IBGE, praticamente a metade dos lares brasileiros não possuem coleta de esgoto. Ademais, é comum que resíduos industriais acabem contaminando rios e matando a fauna e flora que deste dependem, como atesta a tragédia de Mariana. Assim, é perceptível que o país não possui uma boa gestão das substâncias indesejáveis resultantes das comunidades humanas, o que é preocupante.
Nesse viés, diversas são as doenças causadas pela falta de saneamento básico, como a desencadeada por um verme conhecido como “Taenia solium”, popularmente chamado de Solitária. Essa enfermidade é grave e se desenvolve no organismo ao se ingerir ovos da larva advindos de fezes de pessoas infectadas, presentes em alimentos, principalmente carne de boi e de porco. Dessa forma, é revoltante constatar que uma doença de tão fácil prevenção ainda assole comunidades brasileiras nos dias de hoje por falta de higiene social.
Quanto ao lixo industrial, há leis no país que, de modo absurdo, permitem lançá-lo nos rios, sob o pretexto de que em pouca quantidade estaria suficientemente diluído para não causar danos ao meio ambiente. Todavia, essa bobagem é prontamente refutada por especialistas que citam o exemplo da seca intermitente, que, quando presente, acaba por aumentar a concentração do veneno nos mananciais.
É, por conseguinte, importante que o Legislativo, por meio de lei aprovada em congresso, obrigue empresas a sanarem por completo a toxicidade de seus subprodutos com maior investimento em tecnologias ambientalmente responsáveis. Ademais, o Executivo deveria garantir, junto aos governos municipais, a coleta e tratamento de esgoto para todos os cidadãos, evitando que contaminem a natureza. Assim, tem-se uma gestão sustentável dos impactos humanos no território e respeito a outras espécies.
É perceptível que a gestão de resíduos na sociedade brasileira deixa muito a desejar. Com apenas metade dos municípios, segundo o IBGE, desfrutando de coleta de esgoto; e empresas, conforme atesta a tragédia de Mariana, quando milhões de metros cúbicos de lama poluíram o Rio Doce, sentindo-se livres para matar fauna e flora de modo irresponsável, o Brasil é, infelizmente, um país que desrespeita os cidadãos e o meio ambiente.
Nesse viés, doenças praticamente inexistentes em nações desenvolvidas assolam a pátria verde e amarela, como a enfermidade causada pelo verme “Taenia solium”, popularmente conhecido como Solitária. Essa mazela, que poderia facilmente ser evitada por meio de uma infraestrutura de profilaxia, é grave e advém de um ciclo em que fezes de pessoas contaminadas passam a estar presentes em alimentos, principalmente carne de boi e porco mal passadas.
Outra disfunção acerca do destino dos detritos industriais são, de modo absurdo amparadas por lei, como a que autoriza o descarte de substâncias tóxicas em rios desde que não ultrapassem certa quantidade sob o pretexto de que, diluídas, não causariam danos. Essa bobagem é prontamente refutada por especialistas que citam a seca intermitente que, quando presente, aumenta a concentração dos venenos nos recursos hídricos, causando enormes perdas de vida aquática.
É, por conseguinte, aconselhável que o Legislátivo, por meio de votação na câmara, obrigue empresas a despoluírem por completo, por meio de tecnologias adequadas, seus subprodutos antes de descartá-lo na natureza. Ademais, o Executivo, junto aos municípios, deveriam coletar e tratar 100% do esgoto antes de se livrarem deste. Assim, alcança-se uma gestão sustentável dos impactos humanos e respeitadora das outras espécies.
2 problemáticas:
- lixo residencial
- lixo industrial