A Revolta dos Alfaiates também é chamada de Revolta dos Búzios e Conjuração Baiana. Também é muito comparada com a Conjuração Mineira, que foi mais elitista. A seguir, encontra-se um menu de navegação rápida sobre temas muito pertinentes sobre as causas e desfecho da confuração baiana, bem como uma comparação entre a de Minas Gerais que também evidencia como terminou a conjuração mineira.
O que foi a Conjuração Baiana
Se você quer saber como foi a conjuração baiana, revolta dos búzios, conspiração dos alfaiates ou revolta dos alfaiates, veio ao local certo. Neste post você encontrará tudo sobre a conjuração baiana:
- grupos sociais envolvidos na conjuração baiana
- causas da conjuração baiana
- onde aconteceu a conjuração baiana
- como terminou a conjuração baiana, o desfecho da conjuração baiana
- questões sobre a conjuração baiana
Documentário sobre a Revolta dos Alfaiates
Este é um bom documentário sobre a Revolta dos Búzios, todavia, há alguns historiadores que, infelizmente, procuram sempre enquadrar o movimento numa comparação rasa com os dias atuais, chegando até a afirmarem que a Conjuração Baiana foi um movimento socialista por lutar por igualdade, coisa que diversos liberais também o fazem, mas acreditando segir o possível, de acordo com as liberdades de mercado e, também, regulações, quando eficientes, eficazes e que privilegiam a concorrência.
Grupos sociais envolvidos na conjuração baiana
Os grupos sociais envolvidos na Conjuração Bahiana era muito diversificado, ele tinha uma base social ampla, pois contava com o apoio desde os intelectuais, como Cipriano Barata, até homens do povo, como a própria classe dos alfaiates que iniciaram o movimento, justificando o nome de Revolta dos Alfaiates.
Revolta dos Alfaiates e Cipriano Barata
Marco Borel é professor de história da universidade de história do Rio de Janeiro e autor da biografia de Cipriano Barata, o médico dos pobres e um dos líderes da Conjuração Baiana. O relato deste estimado professor sobre o grande líder da revolta dos Búzios é de um heroísmo sem tamanho, pois toda a vida de Cipriano é voltada ao interesse republicano abolicionista.
Cipriano Barata participou não só da Revolta dos Alfaiates, mas também, da Revolução Pernambucana, da ida dos deputados brasileiros às Cortes Constituintes em Portugal, onde esmurou Luís Paulino e o jogou da escada, da independência da Bahia e da Confederação do Equador. Não é atoa que Dom Pedro I, após vencer os revoltosos da Confederação do Equador, matou Frei Caneca e Padre Mororó mas deixou que Cipriano Barata sobrevivesse, pois este era um homem muito bem relacionado nas diversas classes sociais, não só no Brasil, como também de Portugal.
Onde aconteceu a Conjuração Baiana
Muito se quiestiona sobre o ponto exato sobre onde aconteceu a Conjuração Baiana, mas é fato que ela foi um movimento separatista (daí a palavra conjuração), republicano e abolicionista que se iniciou em Salvador.
Causas da Conjuração Baiana
Esse movimento ocorreu na cidade de Salvador, que, nos últimos anos do século XVII passa por uma conjuntura econômica razoável, mas que favorece a, apenas, alguns setores dessa sociedade, representada pelos grandes comerciantes e latifundiários. Portanto, a maioria da população estava desgostosa com o quadro econômico-social em que se encontrava.
Entre as causas da revolução baiana estão os desmandos e destratos da coroa portuguesa para com a população brasileira, uma colônia de exploração, mas o estopim foi o fato de uma dezena de panfletos chamados “pasquins” terem sido espalhados pela cidade de Salvador no dia 12 de agosto de 1798. Um deles foi colocado na fachada da igreja de Santa Tereza, no bairro Solar do Inhão. Ninguém sabia quem escrevia e distribuía os “pasquins”, pois eram assinados na alcunha de anônimos republicanos. Além disso, eles foram enumerados, sendo o primeiro deles uma promessa de igualdade entre o povo, que, por demandá-la, havia chegado a hora de lutar pela mesma.
A distribuição dos “pasquins” foi o suficiente para que houvesse uma repressão brutal, por parte das autoridades monáquicas, e “descobre-se”, num primeiro momento, que o autor dos “pasquins” era Domingos da Silva Lisboa, que ocupava o cargo de requerente dos autitórios. Ele foi preso, mas a distribuição de panfletos continua dois dias depois, atordoando as autoridades portuguesas sobre o acerto do encarcerado. As investigações são continuadas e chega-se à conclusão, de maneira muito precária e duvidosa, de que dois milicianos e dois alfaiates, também, estariam “por trás” dos “pasquins”.
Como terminou a conjuração baiana. Conjuração baiana, desfecho
Uma longa procissão ao som do repicar dos sinos, levou os condenados até a praça da Piedade, em Salvador. Luis Gonzaga das Virgens, João de Deus Nascimento, Lucas Dantas e Manuel Faustino dos Santos Lira, os apontados como culpados de espalhar palavras de ordem contra a coroa, foram, então, enforcados, diante das autoridades e da população, no dia 8 de novembro de 1799. Suas cabeças degoladas foram espetadas em postes e seus corpos esquartejados pela cidade. Outros tantos foram açoitados ou, até, enviados à África.
Questões sobre conjuração baiana
Assista a algumas questões sobre a Conjuração Baiana para vestibular e ENEM.
Inconfidencia Mineira e Conjuração Baiana
A Revolta dos Alfaiates foi um movimento diferente dos outros que aconteceram naquela época, porque ao final do século XVII havia uma insatisfação geral e constante contra a família real, todavia, muitos movimentos sociais no Brasil império queriam, apenas a independência de Portugal, mas não eram republicanos e, muitos menos, abolicionistas.
Ao contrário da Inconfidência Mineira, a base popular da Conjuração Baiana era mais ampla que a mineira, que era, basicamente, uma conjuração de poetas, militares e padres. Já a baiana, liderada, outra vez, por Cipriano Barata, foi formada por indivíduos de diversas classes, inclusive escravos e mulheres.
Outra diferença entre a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira foi o caráter regional, pois não havia o interesse de lutar pela independência de todo o Brasil, mas apenas separar a Bahia da autoridade portuguesa. Contudo, há muitos historiadores que apontam essa questão como, na verdade, uma congruência, dizendo que Tiradentes também pensava apenas na independência de Minas. Mas, outros tantos historiadores destacam que as intenções da Inconfidência Mineira não clareava tanto suas intenções neste sentido.