Introdução ao Condrossarcoma e seus tipos

Subtipos de condrossarcoma

Baixo grau (justacortical): se parece muito com o encondroma
Células claras: faz diagnóstico diferencial com TCG devido à sua localização epifisária e acomete adultos jovens
Convencional (central): o que mais cai na prova do TEOT
Extraósseo (condrossarcoma mixoide extra‐esquelético – CME): mais frequente em partes moles
Mesenquimal: possui pior prognóstico
Desdiferenciado: possui pior prognóstico
1. osteossarcoma
2. undifferentiated pleomorphic sarcoma
3. fibrossarcoma

Definição

Tumo maligno do tecido conjuntivo que, algumas vezes, reside nas cavidades medulares dos ossos.

Graus do condrossarcoma na radiologia

Graus do condrossarcoma na histologia

Epidemiologia

Em tornos de 40% de todos os tumores ósseos apenas nos adultos (ao redor dos 50 ou 60 anos). Por isso não é o mais frequente, pois deve-se levar em conta as crianças também nas estatísticas.

Localização

Mais comum em ossos pélvicos (muitas vezes acometendo a parte proximal do fêmur) e ombro. Contudo, também é válido ressaltar que o condrossarcoma é o tumor maligno mais frequente da mão.

Imagem

Condrossarcoma de baixo grau (grau I) com margem ampla

Condrossarcoma em osso curto, provavelmente, secundário originado de um encondroma

Malignização de osteocondroma para condrossarcoma secundário de grau III

Condrossarcoma de grau I com margem radical

Reação periósteal indicando a malignidade do condrossarcoma no fêmur em questão. Na imagem da direita há um encondroma que, provavelmente por alguma modificação maligna, tornou-se um condrossarcoma de primeiro grau que continuou a se desenvolver.

Condrossarcoma de baixo grau na parte distal do fêmur

Malignização de osteocondroma pediculado para condrossarcoma de grau III

Osteocondromatose múltipla na pelve com malignização de condrossarcoma de grau III

O condrossarcoma também pode apresentar um espessamento da cortical, como mostra o vídeo a seguir. Ademais, reparem bem na calcificação representada pelas áreas líticas da imagem em meio à área cartilaginosa e o tamanho acentuado do tumor, diferenciando-o do encondroma:

https://www.youtube.com/watch?v=5pOojYbjRuQ

Tratamento

Não está indicado quimioterapia para condrossarcoma, pois é um tumor cartilaginoso, o que não responde à quimioterapia.

Curetagem e cimentação
1. condrossarcoma de baixo grau
Ressecção ampla
Amputação
1. comprometimento do feixe vásculo-nervoso
2. recidiva local

Exemplos de tratamento com hemipelvectomia

Como diferenciar condrossarcoma de encondroma

Tanto a desorganização do trabéculo ósseo quanto a erosão da cortical ocorre no condrossarcoma e encondroma, especialmente se forem sutis. Contudo, se a lesão apresetar uma extensão grande, o risco de ser condrossarcoma é maior, raramente o encondroma é maior do que 5 cm.

Condrossarcoma também envolve produção de partes moles, que podem apresentar calcificações em V, em Y e em formato de anéis, vírgulas e arcos, que podem se aglomerar até ficarem com o aspecto em pipoca.

Tanto o encondroma quanto o condrossarcoma parecem como verrugas no osso, entretanto o condrossarcoma prejudica os condornos corticais (endósteo) podem causar seu insulflamento pela produção óssea e de partes moles após rompê-lo.

Encondroma tem cintilografia óssea negativa em apenas 20% dos casos, por isso, não deve ser usada para diferenciação.

É raro um encondroma que dói, já o condrossarcoma sim, este, usualmente, durante a noite

Condrossarcoma possui áreas líticas internas, já o encondroma não.

Obs.: a biópsia é incapaz de diferenciar o encondroma do condrossarcoma.

Fontes

https://link.springer.com/article/10.1007/s00590-021-02964-8

http://www0.sun.ac.za/aotc/general/tumor/chondro/chondrosarcoma.php

Tumores músculo-esqueléticos