Trofoblasto, embrioblasto e término da implantação (nidação)
Eventos da segunda semana
- Diferenciação do trofoblasto para a nidação
- Diferenciação do embrioblasto (disco bilaminar)
- Término da implantação
- O endométrio humano é submetido a uma complexa série de mudanças proliferativas e secretórias em cada ciclo menstrual e exibe somente pequeno período de receptividade, conhecido como “”janela de implantação””, necessário para a nidação do blastocisto no útero. O processo da implantação ocorre de forma sequencial, levando ao estabelecimento da gravidez. A implantação ocorre durante período limitado, entre o 19º e 20º dia do ciclo menstrual, denominado “”janela de implantação”. Esse processo envolve uma sequência complexa de eventos que é crucial para estabelecer a gravidez. Um grande número de mediadores moleculares, sob a influência dos hormônios ovarianos, pode estar envolvido na interação feto-materna. Alterações morfofuncionais durante este período podem impedir ou dificultar a implantação. Durante a “”janela de implantação”” as células do estroma endometrial passam por um processo de decidualização em consequência da progesterona, um processo que se caracteriza por alterações no citoesqueleto – down-regulation da actina do músculo liso e up-regulation da prolactina, dos fatores de crescimento semelhante à insulina (IGF), de proteínas de ligação IGF (IGFBPs), dos receptores de insulina, da relaxina, entre outros. O processo de decidualização é importante para regular a invasão do trofoblasto e estabelecer um ambiente adequado de citocinas e imunomoduladores no estroma, durante a implantação.
Acontece a reação descidual.
O sinciciotrofoblasto começa a produzir o hCG.
No final da segunda semana, acontece a formação do das vilosidades coriônicas primárias.
O celoma extra-embrionário divide o saco embrionário em duas camadas:
- mesoderma somático
- mesoderma esplâncnico
Córion (surge aos 15 dias):
- mesoderma somático extraembrionário
- sinciciotrofoblasto
- citotrofoblasto
Disco embrionário bilaminar = epiblasto + hypoblasto
Sinciciotrofoblasto: parte de cima do citotrofoblasto que se diferencia, adentrando o endométrio para a finalização da nidação (implantação do blastocisto), mediante “cavucação” das células desciduais.
Resumo da nidação
- 5 dia: zona pelúcida degenera e blastocisto cresce
- 6 dia: blastocisto adere ao endométrio
- 7 dia: trofoblasto vira cito e sincício
- 8 dia: sincício penetra no endométrio
- 9 dia: lacunas no sincício dias
- 10 e 11: tampão e redes lacunares dias
- 11 e 12: circulação útero-placentária
- 13 e 14 dias: vilosidades coriônicas
Etapas da segunda semana
- O sinciciotrofoblsato invade o endométrio de modo que o blastocisto fica totalmente dentro do tecido.
- Essa entrada é intermediada por enzimas que são produzidas no sinciciotrofoblasto. Várias células endometriais entram em apoptose e são englobadas pelo sinciciotrafoblasto, haja vista que formam uma importante fonte de nutrientes.
- Após o fim da implantação uma rede de fibrina é formada para fechar o epitélio do endométrio.
- Por volta do 8 dia após a fecundação, o concepto passa por um processo de diferenciação nas células do embioblasto, surgindo, então, o epiblasto, que, junto com o hipoblasto, forma o disco laminar.
- Concomitante a esse processo, surge uma pequena cavidade nas células do embrioblasto, que vai passar a se chamar de cavidade amniótica, sendo revestida por células chamadas de amnioblastos, que juntos formam o amniôn.
- Por volta do 9/10 dia o blastocisto é completamente implantado e o tecido endometrial é fechado por meio de uma rede de fibrinas.
- Cavidade blastocística, passa a se chamar, de cavidade exocelômica, ou saco vitelínico primitivo.
- Nesse estágio, formam-se diversas lacunas do sinciciotrofoblasto, essas lacunas darão origem, mais tarde, aos sinusoides que serão respnsáveis por nutris as células em desenvolvimento.
- Por volta do 11/12 dia, o sinciciotrofoblasto rompe capilares do tecido endometrial, fazendo com que esse sangue adentre na rede lacunar, formando os sinusoides. Esses sinusoides serão responsáveis pela circulaão Uteroplacentária (mãe – embrião)
- Entre o citotrofoblasto e a membrana da cavidade exocelômica, surge o mesoderma extraembrionário. Esse mesoderma vai ser dividido em dois: somático (citotrofoblasto + âmnion) e o esplâcnico (citotrofoblasto + saco vitelínico)
- Obs.: durante o processo de entrada do blastocisto no endométrio várias células ficam pálidas e aumentam de volume (acumulam glicogênio e lipídios); essa reação se chama reação decidual
- Por volta do 13 dia, as células da membrana exocelômica (saco vitelínico primitivo) começam a se diferenciar no que virá a ser o saco vitelínico secundário
- O córion é formado da associação do sinciciotrofoblasto + citotrofoblasto + mesoderma extraembrionário somático
- Obs.: durante o processo de entrada do blastocisto no endométrio. várioas células ficam pálidas e aumentam de volume (acumulam glicogênio e lipídios), reação, novamente, chamada de reação decidual
- Nessa fase já se percebe a formação das vilosidades coriônicas primárias
- Por volta do 14 dia, a diferenciação que ocorreu na membrana do saco vitelínico primário termina, dando origem ao saco vitelínico secundário e um resquício que será degenerado
- Forma-se o pedículo do embrião, estrutura que sustenta o saco coriônico e que se comunica diretamente com o embrião
- O disco germinativo ainda é bilaminar, porém surge uma protuberância de células dno hipoblasto, chamada de Placa Precordal
- Com a formação da Placa Precordal, já podemos afirmar que aquela região será a parte superior do embrião, onde surgirá a cabeça, etc.
Neoplasia trofoblástica gestacional
Geralmente ocorre devido à ausência do pró-núcleo feminino na fecundação. Por conta disso, todo o material genético é só de origem paterna, fazendo com que o trofoblasto aumente de tamanho exorbitantemente (aparentemente os cromossomos masculinos comandam a produção de trofoblastos)